Novas imagens de satélite revelam a presença de 122 objetos flutuando em uma zona de 400 quilômetros
quadrados em uma das áreas de busca do sul do Oceano Índico, onde caiu o voo MH370, anunciaram nesta quarta-feira (26) as autoridades da Malásia.
O ministro da Defesa da Malásia, Hishamudin Hussein, explicou em entrevista coletiva em Penang, a cerca de 50 quilômetros de Kuala Lumpur, que as imagens foram feitas no último domingo pela Airbus Defence & Space, fornecidas pela França na terça-feira e imediatamente transmitidas à Austrália, que coordena a busca.
Satélites da Austrália, China e França já haviam registrado imagens com objetos flutuantes possivelmente relacionados ao MH370, mas até o momento nenhum deles foi recuperado, apesar da gigantesca mobilização internacional.
Segundo Hussein, alguns dos objetos têm até 23 metros de comprimento, outros brilham, o que indica que podem ser sólidos. As peças flutuam a cerca de 2.557 quilômetros ao sudoeste da cidade australiana de Perth.
Seis países, com a Austrália à frente, vasculham hoje essa parte do Índico com sete aviões militares e cinco civis, além dos navios australiano HMS Success e do navio quebra-gelo chinês Xue Long (Dragão de Neve).
O ministro afirmou ainda que as autoridades trabalham com quatro pistas, sendo uma delas a dos 122 objetos. As outras foram fornecidas anteriormente por imagens de satélite da Austrália, China e França.
"É imprescindível que possamos vincular os restos (encontrados) com o (voo) MH370, isso nos permitirá diminuir a zona de busca", disse ele.
Autoridades australianas também disseram que mais três objetos foram vistos durante as buscas pelo avião. Uma das 12 aeronaves que vasculham a área a cerca de 2.500 quilômetros a sudoeste de Perth, na costa australiana, viu dois objetos enquanto um avião P-3 Orion da Força Aérea da Nova Zelândia avistou um objeto azul, disse a Autoridade de Segurança Marítima da Austrália (Asma) em sua conta no Twitter.
Nenhum deles, porém, foi novamente avistado em novas passagens pela região e nenhum deles tinha, aparentemente, as características de pertencer ao voo MH370 da Malaysia Airlines, disse a Asma.
O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, declarou que as buscas continuarão até que não exista mais nenhuma esperança de encontrar algo. "Devemos continuar a procurar. Temos o dever em relação aos parentes dos passageiros de fazer tudo que é humanamente possível para resolver este enigma", disse.
Centenas de familiares dos passageiros estão sendo aguardadas nos próximos dias em Perth, na esperança que as buscas permitam recuperar os corpos das vitimas.
Entenda
O Boeing 777 da Malaysia Airlines decolou de Kuala Lumpur rumo a Pequim na madrugada de 8 de março, com 239 pessoas a bordo, e desapareceu dos radares civis da Malásia cerca de 50 minutos depois.
Depois de mais de duas semanas de incertezas, as autoridades da Malásia anunciaram que a análise dos dados de radar e satélite mostram que o avião fez uma volta e se dirigiu para o sul do oceano Índico, onde teria caído em um lugar distante de ambientes terrestres, a cerca de 2.500 quilômetros da capital da Austrália, sem esperança de sobreviventes.
Reprodução Cidade News Itaú
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