A proximidade da Copa do Mundo 2014 colocou o Brasil na rota dos ataques cibernéticos. Somente as redes do governo federal recebem, de acordo com a Polícia Federal,
mais de dois mil ataques por hora.
Para fazer frente a esse desafio, a Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (Sesge/MJ) irá oferecer mais uma edição do Curso de Inteligência e Investigação de Crimes Cibernéticos para as forças de segurança pública dos estados-sede do Mundial.
As aulas serão de 31 de março à 4 de abril, em Brasília. Participarão do curso profissionais das Polícias Militar e Civil e Secretaria de Segurança Pública dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Também integram a equipe Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional.
O objetivo do curso é capacitar o policial para identificar e acompanhar os responsáveis pelos ataques cibernéticos, permitindo uma ação mais rápida e eficaz. Evita-se, assim, maiores danos aos sistemas ou aos dados sensíveis do governo e dos cidadãos brasileiros.
O tema do curso se torna ainda mais importante quando verificamos que o Brasil é um dos países com maior ocorrência de crimes cibernéticos. Em pesquisa realizada pela empresa norte-americana Norton, especializada em antivírus, o Brasil ocupava, em 2011, o quarto lugar em uma lista de 24 países com maior quantidade de crimes cibernéticos aplicados.
Além disso, mais de 80% dos usuários da internet já foram vítimas desse tipo de crime. A cada 11 dias, uma nova vítima de crime cibernético é registrada no país. Calcula-se que anualmente o prejuízo chegue a 15 bilhões de reais.
Capacitação
Entre os assuntos que serão abordados no curso estão os procedimentos de inteligência e investigação de crimes cibernéticos e os aspectos legais desse delito, além de noções de análise e monitoramento de redes sociais e fundamentos da perícia.
“O Curso de Inteligência e Investigação de Crimes Cibernéticos visa capacitar profissionais da área de segurança pública na análise e produção de conhecimento a partir de dados e informações que circulam no ambiente cibernético, possibilitando mitigar vulnerabilidades que ameaçam a segurança das instituições de Estado e dos próprios eventos programados, bem como identificar e enfrentar a criminalidade praticada na rede mundial de computadores”, destacou Rodrigo Morais Fernandes, diretor de inteligência da SESGE/MJ.
Reprodução Cidade News Itaú via De Fato
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