Aos 9 anos de idade, um menino morador de Itumbiara, no sul de Goiás, luta contra a obesidade mórbida. Após chegar a quase 130 quilos, os pais e o Conselho Tutelar
fizeram um acordo e o garoto e a mãe passaram a morar em um abrigo no Centro de Referência em Assistência Social (Cras) da cidade, onde a criança tem a alimentação controlada. “É só salada”, conta o menino.
Segundo a família, o garoto começou a ganhar peso de forma muito rápida nos últimos cinco anos. Depois de procurar um médico, ele foi diagnosticado com um distúrbio na tireoide chamado hipotireoidismo, que afeta a produção de hormônios. Foi constatado, ainda, que a doença é genética e a mãe dele também sofre do mesmo problema.
Desde então, o menino é atendido no Hospital Alberto Rassi (HGG), em Goiânia. Porém, mesmo com os remédios, ele continua engordando de forma muito rápida. Por isso, agora, a criança também toma remédios para ajudar na perda de peso.
“Existem muitas dificuldades no tratamento, desde problemas sociais. A gente tem muita dificuldade porque é uma família carente, de difícil acesso a profissionais como um fisiatra, que iria auxiliar muito no tratamento, um psicólogo, um nutricionista e até mesmo alimentos que fossem de baixa calorias que pudessem auxiliá-lo nesse tratamento”, afirma a endocrinopediatra Claudete Carmo da Silva.
Na tentativa de acelerar a perda de peso, a família está em busca de uma vaga em um spa na capital. “Ele fica só na alimentação que ele está. Aí não tem uma atividade física. Tem que ter uma atividade para emagrecer mais rápido, interagir, queimar mais caloria”, afirma o pai da criança, Manoel dos Santos.
A família tem esperanças de que o tratamento possa ser custeado pelo poder público, já que a família não tem condições financeiras de pagar internação. “Diz que vai sair a vaga, mas quando? Quando vai sair essa vaga? Ele vai ficar o tempo todo no conselho? Tem que agir rápido”, diz o pai.
Porém, segundo a especialista, o tratamento no spa seria apenas uma etapa inicial, que deve ser seguida por uma reeducação alimentar de todos os envolvidos. “Talvez a gente precisasse abordar mais a família, fazer essa reeducação alimentar e proporcionar esses alimentos a essa família. Que ela tivesse acesso a um fisioterapeuta que pudesse aumentar a atividade física. Essa criança está cada vez mais limitada, perambulando com dificuldade”, afirma Claudete.
Reprodução Cidade News Itaú via G1
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