A polêmica envolvendo a escalação irregular do zagueiro Índio da Penapolense promete render novos capítulos. Na noite desta quarta-feira (26), o vice-presidente de
futebol do Linense, Hussein Hammoud Neto, revelou em entrevista exclusiva a Wanderley Nogueira na Rádio Jovem Pan, que tomará as medidas possíveis e que pretende disputar a partida das quartas de final contra o São Paulo.
“Já estamos falando com a Federação Paulista de Futebol (FPF) e amanhã tomaremos as medidas necessárias sobre esse assunto”, contou. “Se ele (Índio) estiver realmente irregular e nós tivermos o direito de correr atrás, queremos disputar a partida contra o São Paulo”, afirmou Neto, mesmo com o Tricolor enfrentando o time de Penápolis minutos depois da declaração.
Com seu contrato com a equipe do interior rescindido pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro desde o dia 14 de março, Índio atuou oficialmente na partida contra o Ituano, na última rodada da primeira fase do Paulistão, quando a Penapolense utilizou apenas os reservas. O atleta também participou do jogo contra o Corinthians, dois dias depois da decisão, entrando apenas aos 47 da etapa final.
Em declaração ao repórter Luis Carlos Quartarollo, o presidente do Clube Atlético Penapolense, Nilson Moreira, voltou a afirmar que se sente tranquilo quanto a uma punição e que mesmo perdendo os três pontos por conta da escalação irregular contra o Ituano, sem citar o duelo contra o Timão e enfatiza que sua equipe estaria garantida na segunda fase da competição, não acreditando que o Linense entrará na justiça.
“Primeiro, a Penapolense jogou contra o Ituano com sua equipe reserva e se soubesse de qualquer irregularidade por parte do atleta, não o teria escalado. Segundo, mesmo que o Tribunal de Justiça nos condene, o artigo 214 é bem explícito e claro, ainda dá o direito da Penapolense seguir no campeonato. A Federação já está ciente de tudo isso e a Penapolense não pode ser responsabilidade por algo que não fez”, ressaltou.
Moreira disse que a diretoria protocolou, nesta quarta, um requerimento com pedidos de informações na Federação Paulista de Futebol. Segundo o presidente, Até às 18h o zagueiro ainda estava registrado no boletim da FPF.
“O clube não tinha ciência que o contrato do Índio estava rescindido por ordem da Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro. Essa informação só chegou a nós na segunda-feira (24) e se entender que houve negligência nossa, o Tribunal irá nos denunciar e julgar”, finalizou.
No Grupo A do Paulistão a Penapolense ficou com a segunda vaga, fazendo 19 pontos e seis vitórias. Já o Linense terminou na terceira posição, com 16 pontos e uma vitória a menos.
Reprodução Cidade News Itaú via UOL
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