Após
o anúncio feito pelo Promotor de Justiça da Comarca de Apodi-RN, Silvio Brito,
no abate de jumentos para alimentação carcerária no RN. os jumentos se tornaram
um
problema de trânsito no sertão nordestino, causando acidentes e mortes. Com
mais de 200 convidados, a degustação de carne de jumento promovida em almoço
nesta quinta-feira, 13, pelo titular da 2ª Promotoria de Apodi, promotor Sílvio
Brito, foi considerada um sucesso pelo anfitrião. Além da carne assada na
brasa, várias outras receitas foram oferecidas aos convidados. Escondidinho,
bife ao molho madeira e outro ao molho branco também fizeram parte do menu.
Em
menos de seis meses, 600 jumentos já foram apreendidos e estão confinados em
uma fazenda. O problema é que a manutenção deles, além de ter um custo, deve se
tornar inviável em breve por falta de espaço. Até o fim do ano devem ser mais
de 2.000 no local, a levar em conta o ritmo de cerca de 40 apreensões por
semana.
Diante
do cenário, o promotor buscou ajuda de especialistas e garante que a melhor
solução encontrada é o abate para consumo do jumento. Para os pratos servidos
nesta quinta, dois jumentos foram abatidos que passaram por avaliações e
exames, recebeu vacinas e foi acompanhado durante quatro meses para comprovar a
qualidade e garantir o consumo.
"Queremos
mostrar às pessoas que a carne do jumento pode ser uma importante fonte
nutricional, com elevado teor de proteína, baixo teor de gordura, macia e com
gosto idêntico a do boi. Só que ela hoje é totalmente desprezada por questões
culturais", disse.
Dos
sete representantes de Itaú-RN que prestigiaram a degustação apenas dois experimentaram
a carne, e que segundo eles, não tinha muita diferença da carne de gado. Para
os demais o fato de o animal ser um símbolo nordestino tenha travado no momento
de fazer a degustação.
Mas
muitas autoridades que estiveram no restaurante como juízes, promotores,
prefeitos, vereadores, jornalistas, professores e até o padre de Apodi
degustaram e aprovaram a iniciativa.
Com
a divulgação da inovação, o fato tomou proporções nacional e gerou algumas
críticas.
De
acordo com publicação do Portal UOL a degustação, porém, teve reações negativas
de ambientalistas. A ONG DNA (Defesa da Natureza e dos Animais) divulgou
manifesto, esta semana, contestando a ideia de transformar o jumento em
alimento.
A
entidade questiona se a legislação sanitária e para abate dos animais está
sendo atendida e afirma que os jumentos precisam de dois anos para procriar,
sendo uma cria a cada 12 meses. "Se só existir abate, em poucos anos eles
estarão extintos", afirmou.
Arlindo
Maia da Redação do Cidade News
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