Delegado preso em MS cobrava para dar regalias a suspeitos, diz promotor

Investigações apontam que o delegado Rinaldo Gomes Moreira, preso nesta terça-feira (25), recebia propina em troca de regalias a envolvidos em crimes. Segundo o promotor Marcos Alex

Vera, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), o policial cobrou R$ 20 mil para deixar um detento dormir em sala com internet e celular na delegacia de Sete Quedas, a 459 km de Campo Grande.

Em depoimento, segundo o promotor, o delegado reservou-se ao direito de permanecer calado. Contatado pelo G1, o advogado dele, Vladimir Rossi, disse que ainda não se manifestaria sobre o caso porque não teve acesso aos documentos do caso.

Vera conta que outro caso revelado na apuração do Gaeco aponta que Moreira pediu R$ 8 mil para liberar um veículo apreendido com um motorista sem carteira de habilitação. Na ocasião, o policial teria exigido o valor para que o automóvel, que tinha placa do Paraguai, não fosse para o Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

O caso começou a ser investigado após denúncias de moradores do município. Há outros crimes os quais o delegado é apontado como suspeito, segundo Vera. O promotor explica ainda que o policial pode perder o cargo se for condenado criminalmente, mas, segundo ele, o Ministério Público Estadual (MPE) deve pedir à Justiça o afastamento de Moreira.

A prisão do suspeito ocorreu em caráter preventivo e foi feita pela Corregedoria da Polícia Civil. O delegado deve ser encaminhado à 3ª DP de Campo Grande.

Reprodução Cidade News Itaú