"Alguns dos projéteis caíram em nossas águas, portanto disparamos outra vez em direção às suas", disse à Agência Efe um porta-voz de Defesa de Seul.
Após este episódio de tensão, os moradores das ilhas sul-coreanas próximas à sempre conflituosa fronteira com o Norte foram levados para refúgios, indicou o porta-voz.
Comunicado
A Coreia do Norte já havia anunciado, mais cedo, a realização dos exercícios com utilização de armamento real perto da fronteira, ao mesmo tempo que Coreia do Sul e EUA conduzem exercícios militares conjuntos, no país vizinho. Agrava à situação os lançamentos norte-coreanos de mísseis dos últimos dias.
O regime de Kim Jong-un havia enviado enviou um fax à força naval sul-coreana para notificá-la que realizará as manobras em sete pontos próximos à fronteira entre os países no Mar Amarelo. No documento, a Coreia do Norte pedia ao país vizinho que "mantivesse sob controle suas embarcações" na zona, em uma aparente tentativa de evitar acidentes.
A tensão cresceu recentemente na península coreana, onde a Coreia do Sul e os Estados Unidos realizam desde fim de fevereiro o Foal Eagle, um exercício militar conjunto para coordenar a defesa que acontece até 18 de abril. A Coreia do Norte considera o Foal Eagle como "um ensaio de invasão" de seu país, e em reposta realizou nas últimas semanas vários lançamentos de mísseis ao mar.
Após lançar dezenas de projéteis de curto alcance, na quarta-feira Pyongyang disparou dois mísseis de médio alcance, a primeira ação deste tipo em cinco anos, o que levou Seul e Washington a pedirem uma resposta do Conselho de Segurança da ONU ao que consideraram uma "provocação".
Em todo caso, a tensão vivida nestes dias península coreana é menor do que a do ano passado, quando Pyongyang respondeu as manobras dos aliados com uma inusual e intensa campanha de hostilidades, incluídas ameaças quase diárias de guerra.
A fronteira do Mar Amarelo é uma região especialmente sensível, onde as duas Coreias já tiveram confrontos de gravidades nas últimas décadas.
Os Estados Unidos mantém na Coreia do Sul 28.500 militares e se comprometeram a defender seu aliado, herança da Guerra da Coreia (1950-53), que terminou com um armistício em vez de um tratado de paz.
Reprodução Cidade News Itaú via Uol
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