O governo federal disse que vai destinar R$ 4 bilhões para não aumentar tanto a conta de luz dos brasileiros no ano que vem. Esses R$ 4 bilhões serão um aporte do
Tesouro Nacional, segundo informações passadas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta quinta-feira (13).
A conta de luz vai subir por causa do uso de termelétricas para gerar energia, o que é mais caro que as tradicionais hidrelétricas. O governo argumentou que a injeção desses R$ 4 bilhões reduzirá o aumento nas contas.
O reajuste não será feito em 2014, ano de eleição, mas apenas no ano que vem. Não foram dados detalhes de valores ou percentuais nem exatamente quando aconteceria a elevação.
O diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Romeu Rufino, disse que governo ainda não decidiu o prazo para repasse dos aportes.
O aporte de R$ 4 bilhões será adicional aos R$ 9 bilhões já orçados pelo Tesouro para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) neste ano.
O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmerman, afirmou que as despesas das térmicas e da energia não contratada somam R$ 12 bilhões.
O governo vai autorizar a contratação de um financiamento privado de R$ 8 bilhões pela CCEE para que as distribuidoras de energia paguem as dívidas com as geradoras.
Segundo Mantega, esse financiamento será ressarcido com aumento de tarifas, que será escalonado ao longo do tempo e com datas estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, afirmou que o aporte de R$ 4 bilhões mais financiamentos de R$ 8 bilhões pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) são suficientes para resolver as necessidades do setor elétrico.
O fato de o Tesouro Nacional bancar parte das despesas dificulta o cumprimento da meta de superavit primário (economia de recursos para pagar os juros da dívida pública) de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) -R$ 99 bilhões para este ano.
Escassez de água torna produção de energia mais cara
As distribuidoras de energia têm tido gastos maiores nos últimos meses por causa do aumento do uso de energia de termelétricas, que é mais cara.
As termelétricas são mais utilizadas quando há menos água nos reservatórios das hidrelétricas, como está acontecendo neste momento.
Além disso, por causa do insucesso na contratação de energia no leilão realizado pelo governo no ano passado, as distribuidoras precisaram comprar energia no mercado de curto prazo, que custa mais caro em épocas de escassez de chuva.
Reprodução Cidade News Itaú
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