segunda-feira, março 31, 2014

Colegas que estavam com operário no momento da queda são testemunhas chave

 Blog Cidade News ItaúWilliam Barbosa e David da Silva serão os dois personagens mais importantes na apuração da morte de Fábio Hamilton da Cruz, que faleceu ao cair de uma estrutura da
arquibancada provisória do Itaquerão no último sábado. Eles são os dois colegas de trabalho que estavam na mesma estrutura da qual Fábio despencou. A informação foi confirmada pelo delegado titular da 65ª DP, Luiz Antonio da Cruz, neste domingo, após a realização da perícia no local do acidente.

O laudo dos peritos ficará pronto em até 30 dias, mas a investigação entra, agora, na parte chamada de subjetiva pelo delegado, que é quando as testemunhas serão ouvidas. Por isso, William e David passarão seus testemunhos nos próximos dias, quando mais detalhes poderão ser dados.

"O perito falou que ele caiu de oito metros e que estava com o cinto", iniciou o delegado. "Agora, a gente vai ver se ele estava com o mosquetão ou não conectado ao cabo vida. Vamos ver se foi acidente ou não posteriormente. Se eu te falar alguma coisa sem ouvir os dois funcionários, pode virar fofoca", complementou.

No velório da vítima em Diadema, também neste domingo, William e David deram entrevistas e afirmaram que Fábio estava com o cinto, mas não conectado ao cabo-vida no momento da queda. De acordo com o operário, ambos usavam os equipamentos de segurança normalmente até o momento que desprenderam o cinto para realizar uma manobra sobre a estrutura em construção. Não demorou para um terceiro funcionário gritar para os dois prenderem novamente a 'fivela'. William conseguiu, mas para Fabio foi tarde demais.

Luiz Antônio foi mais contido do que o outro delegado que registrou os boletins de ocorrência na 24ª DP, Rafael Pavarina. Na noite de sábado, horas após o acidente, ele afirmou que todos os indícios apontavam para uma negligência por parte de Fábio, que tinha 23 anos e três meses de obra.

Alguns detalhes importantes na investigação ainda não foram apurados. Eles ainda não sabem, por exemplo, se os operários tinham o treinamento necessário para trabalhar em altura e também não há a certeza se houve falha nos equipamentos.

"Trabalhamos com todas as hipóteses. Pode ter havido falha de equipamento ou da estrutura, pode ter havido negligência da vítima ou pode ter culpa da empresa. Nós vamos apurar tudo isso".

A área do acidente está liberada criminalmente pela Polícia, mas ainda pode sofrer intervenções de outras esferas, como Ministério do Trabalho ou da Prefeitura, por exemplo.

Reprodução Cidade News Itaú via Uol

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