Quarenta e cinco armas foram roubadas da Central de Escoltas da Penitenciária Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte.
O crime ocorreu durante a
madrugada desta segunda-feira (24) e descoberto por volta das 7h.
De acordo com a assessoria da Seds (Secretaria de Estado de Defesa Social), foram roubadas 39 pistolas de calibre 40 e seis submetralhadoras. Existe ainda a suspeita de que munição para pistola calibre 12 e de fuzil 556 tenha sido roubada.
Os nove agentes penitenciários que vigiavam o forte armamento podem ter sido dopados com a comida fornecida na prisão pela empresa Stillus, que fornece a alimentação para a unidade. A suspeita é que limonadas e saladas de frutas tivessem algum tipo de tranquilizante. Outra suspeita levantada pelo Gate é que algum funcionário tenha levado o alimento contaminado de casa e oferecido aos colegas.
Os plantonistas foram encontrados dormindo ou passando mal por colegas de trabalho que os renderiam no turno da manhã. O fato de agentes de outras partes do presídio não terem passado mal com a comida reforça a suspeita de que algum funcionário possa ter adicionado drogas ao lanche destinado aos guardas. Todos os envolvidos foram levados para o IML para a realização de exames para determinar a substância e em qual alimento ela foi misturada.
Duas horas depois do lanche, criminosos invadiram o galpão que concentra o armamento destinado à escolta do sistema prisional de Ribeirão das Neves. O local é repleto de munições e armas de grosso calibre por conta desta integração.
Ainda não há pistas sobre a quantidade, identificação e paradeiro dos bandidos. Também não há informação sobre câmeras de segurança da penitenciária que possam ter gravado a ação.
Revista e protesto
Nesta manhã, uma revista rigorosa foi feita dentro das celas da Penitenciária Dutra Ladeira em busca de celulares ou vestígios da ação criminosa. Por conta do “pente fino”, detentos reclamaram que estariam sendo espancados pelos guardas durante as buscas. Cerca de 20 familiares protestaram contra a violência dentro das celas e chegaram a fechar a LMG-806, nas imediações da unidade prisional.
Reprodução Cidade News Itaú
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