Acordo impede superlotação, diz MP sobre presos amarrados no RN

Um acordo firmado entre a Justiça do Rio Grande do Norte, o Ministério Público e a Secretaria Estadual de Segurança Pública e

Defesa Social impede que o Centro de Detenção Provisória de Macau, na região salineira do estado, receba mais de 30 presos. Por esse motivo o local não pôde acomodar os presos que acabaram amarrados no corredor da delegacia da cidade. "O acordo visa não ferir a dignidade humana no CDP, mas a situação ficou muito difícil. Desde que assumi nunca vi tanto preso no corredor", explica o promotor criminal de Macau, Eugênio Carvalho.

O Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública (Sinpol-RN) informou que pelo menos 17 pessoas chegaram a ficar detidas no corredor da delegacia. Entre os presos, três mulheres estão amarradas com cordas por falta de algemas. Uma delas está grávida de três meses e outra amamentando. O bebê é levado para dentro da unidade pela família da presa. Ao G1, Eugênio Carvalho informou que dois presos deixaram o local durante a tarde. Um foi liberado e outro recebeu um alvará de soltura da Justiça.

O promotor detalha que o acordo firmado com a Sesed também dava garantias que em caso de lotação do CDP, os novos presos que chegassem  ao CDP seriam remanejados para os municípios de Assu, na região Oeste, Parnamirim, na Grande Natal, ou outro local com disponibilidade de vagas. "Conversamos com o novo secretário de Segurança Pública (general Eliéser Monteiro) e ele informou que ia buscar uma solução", reforça Eugênio Carvalho.

Reprodução Cidade News Itaú