'Sentimento de revolta', diz repórter que trabalhava com cinegrafista morto

"O sentimento é de revolta. Como cidadão, espero que a polícia faça o que lhe é de dever e solucione este crime". A declaração é do repórter

Erisberto Rêgo, amigo do cinegrafista José Lacerda da Silva, morto a tiros na noite deste domingo (16) em Mossoró, na região Oeste do Rio Grande do Norte. Erisberto e Lacerda trabalhavam juntos há três anos na TV Cabo Mossoró (TCM) e faziam reportagens policiais. O velório de José Lacerda começou no início da manhã desta segunda (17) e o corpo deve ser enterrado à tarde na cidade de Luís Gomes, onde nasceu.

Ao G1, Erisberto falou que o cinegrafista era um profissional exemplar. "Lacerda, acima de tudo, era um profissional. Há três anos trabalhávamos juntos fazendo a cobertura dos homicídios e dos crimes que aconteciam em Mossoró e na região. Tínhamos o hábito de contar os casos para fazermos uma estatística no final do ano. Eu nunca imaginei que meu amigo fosse virar um desses números", disse o jornalista.

Segundo o repórter, Lacerda tinha uma personalidade forte. "Era a sua principal característica. Mesmo assim, não era um homem de ter inimizades. Muito pelo contrário, ele era muito querido por todos", enfatizou.

Erisberto contou ainda que não acredita que o crime tenha ligação com o trabalho do cinegrafista. "Tenho certeza que não. Nem por conta do nosso trabalho nem por alguma inimizade. A polícia está trabalhando com a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte) e eu acredito que realmente tenha sido isso", disse o repórter.

Cinegrafista José Lacerda da Silva
(Foto: Marcelino Neto)

Investigação

As delegacias especializadas de Furtos e Roubos (Defur) e Homicídios (Dehom) de Mossoró estão trabalhando em conjunto para tentar elucidar a morte do cinegrafista da TCM José Lacerda da Silva, de 50 anos. Os delegados titulares das duas DPs confirmaram que há suspeita de que José Lacerda tenha sido vítima de um latrocínio (roubo seguido de morte) e por isso houve a necessidade da equipe da Defur participar das investigações.

Entretanto, o delegado Cleiton Pinho, titular da Dehom, adiantou que ainda não há confirmação de que o algum pertence do cinegrafista tenha sido levado pelos criminosos. “Nossa suspeita do latrocínio se dá pela forma como a vítima foi abordada, segundo o relato de testemunhas”, explicou.

Em nota, a TCM lamentou a morte do profissional, que trabalhava na emissora há 11 anos. Em nota, disse que espera que "a Justiça e as autoridades competentes possam esclarecer as circunstâncias desse crime e punir os responsáveis".

Reprodução Cidade News Itaú