A pressão do governo do Brasil deve obrigar a Conmebol a impor uma pena mais dura ao Real Garcilaso pelo caso de ofensas
racistas ao jogador Tinga, do Cruzeiro. Essa é a avaliação de membros brasileiros integrantes da Conmebol ouvidos pelo blog. Normalmente, a entidade é branda com as punições.
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, ligou nesta quinta-feira para o presidente da Conmebol, Eugênio Figueiredo, em um telefonema cobrando providências em relação ao caso. Mais cedo, a presidente Dilma Rousseff tinha manifestado solidariedade a Tinga, em mensagem que ganhou apoio do presidente da Fifa, Joseph Blatter.
Isso criou um ambiente dentro da Conmebol de que terá de ser dada uma resposta para o clamor contra as atitudes dos torcedores peruanos. A punição será determinada pelo tribunal disciplinar da Conmebol em processo célere.
Entre as punições possíveis, a mais branda é a multa de US$ 3 mil. Mas, em casos excepcionais, pode se decretar portões fechados do estádio do Garliaso, tirar os pontos do jogo, dar vitória ao Cruzeiro ou desclassificar o time peruano da Libertadores. A Conmbeol nunca aplicou uma medida além do fechamento de portões do estádio.
“Certamente, vai ser instaurado um processo. Houve uma repercussão muito negativa. É o primeiro caso de racismo no tribunal. A luta contra racismo é uma das bandeiras da Conmebol e da Fifa. Provavelmente, é um caso que será emblemático'', afirmou Caio Rocha, membro do tribunal da Conmebol que não atuará no julgamento por ser brasileiro.
O processo será iniciado pela assessoria jurídica da entidade, cujo representante, por incrível que pareça, reside em Madri, na Espanha. Mas, para isso, ele tem que receber o relatório do árbitro e do delegado do jogo, o que não ocorrera até a tarde de quinta-feira. Serão quatro juízes na primeira instância, e cinco na segunda instância.
Reprodução Cidade News Itaú
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