O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro confirmou na manhã desta quinta-feira (6) que recebeu uma representação contra um comentário de teor considerado
racista feito por Cássio Lannes, participante do "Big Brother Brasil 14". De acordo com o MPF, a representação foi feita em Brasília e remetida para o Rio de Janeiro porque a sede da TV Globo e a casa do BBB estão na capital fluminense. O MPF informou que a denúncia foi feita por um representante da Coordenação Nacional de Entidades Negras na ouvidoria da Secretaria de Políticas Para Mulheres da Presidência da República, em Brasília.
A representação foi motivada por uma declaração polêmica feita pelo brother em conversa com a personagem Valdirene (interpretada pela humorista Tatá Werneck), durante a primeira festa do programa, na madrugada do dia 16 de janeiro.
O estudante de publicidade observou que a humorista era muito baixinha e perguntou o que ela pensava sobre se relacionar com um homem de sua altura (1,97 m). Valdirene (Tatá) respondeu como uma piada: uma amiga teria morrido por isso. O gaúcho então argumentou que, por causa de uma performance, é acusado de assassinato e responde por um processo criminal que quase o tirou do programa. Disse que "atravessou" uma afrodescendente com quem manteve relações sexuais, porque pensou que ela poderia aguentar o seu avantajado órgão reprodutor masculino, por estar acostumada a se relacionar com os afrodescendentes. Valdirene (Tatá) encerrou a conversa comentando que achava que Cássio estava bêbado.
Algumas semanas depois, no entanto, o brother tomou banho de piscina pelado e as garotas da casa observaram que seu órgão sexual não era tudo aquilo que ele dizia. O participante, então, foi apelidado de "Cassinho".
O Ministério Público informou que a representação ainda não foi distribuída para nenhum procurador. Apenas após a investigação do caso é que eles irão decidir que atitude tomar. Vale lembrar que qualquer cidadão pode fazer uma denúncia ao Ministério Público. No caso da representação contra o Cássio, ela poderá ser encaminhada para a PRDC, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão. Porém, ainda segundo o MPF, não há prazo para a conclusão do caso.
Reprodução Cidade News Itaú
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