Dois dos três corpos encontrados nesta segunda-feira (3) dos homens desaparecidos na reserva indígena Tenharim-Marmelos, no município de Humaitá (distante 590
quilômetros de Manaus) desde o dia 16 de dezembro de 2013, foram reconhecidos pelos familiares no Instituto Médico Legal (IML) de Porto Velho (RO) na tarde desta terça-feira (4).
A esposa de Stef Pinheiro e a mãe de Luciano Freire fizeram a identificação dos corpos que, segundo a polícia, estavam com sinais de tiros. A outra vítima é o funcionário da Eletrobras Aldeney Ribeiro, que dirigia o carro e viajava com os colegas de Humaitá para Apuí, como fazia rotineiramente.
Segundo informações do IML, há chances mínimas dos restos mortais localizados não serem dos trabalhadores, porém é necessário o término das identificações por parte dos parentes e a posição oficial da Polícia Federal. O órgão também informou que os corpos serão liberados ainda nesta terça-feira (4) e devem seguir para Humaitá.
A Polícia Civil de Humaitá informou que com a prisão dos indígenas, a localização dos cadáveres foi facilitada, tendo em vista depoimentos e informações que foram colhidas pela PF.
Segundo o delegado regional de crime organizado da Polícia Federal de Rondônia, Arcelino Damasceno, dependendo do andamento das investigações sobre o desaparecimento de três homens, supostamente dentro da terra indígena Tenharim Marmelos, na rodovia Transamazônica, a Polícia Federal pode pedir a prorrogação da prisão temporária dos cinco índios da etnia tenharim, presos desde a última quinta-feira, 30, ou a prisão preventiva.
Se for comprovado oficialmente que os três corpos encontrados pela PF nesta segunda-feira (3) são do professor Stef Pinheiro de Souza, 43, do comerciante Luciano da Conceição Ferreira Freire, 30, e do técnico da Eletrobras Amazonas Energia, Aldeney Ribeiro Salvador, 40, isso irá “fortalecer ainda mais o inquérito sobre o caso”.
Corpos
Os três corpos encontrados nessa segunda-feira (3) estavam enterrados em uma única vala e possuíam características de execução por arma de fogo. A informação foi confirmada pelo oficial que integra o Policiamento do Estado do Amazonas (CPE-AM), tenente Paulo Sérgio Cordeiro.
Segundo ele, o cão da raça labrador, Hórus, foi um dos principais responsáveis por encontrar os cadáveres, que estavam em estado avançado de decomposição.
“Mesmo com as dificuldades da busca em floresta, como a alta umidade, fortes ventos e depois de um dia exaustivo de busca, o Hórus conseguiu nos mostrar que havia algo errado no local. Ele insistentemente nos transmitia isso. E de fato existia, eles estavam pelo menos 2 metros debaixo dos nossos pés”, ressaltou o tenente.
Reprodução Cidade News Itaú
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