Passados mais de dois anos e dois meses do assassinato do professor universitário Carlos Magno Viana Fonseca, ocorrida na zona rural da
região do Alto Oeste do Rio Grande do Norte, a Justiça do estado decidiu pela condenação de dois acusados do crime. Francisco Rafael Leite Mendes, de 24 anos de idade, e Elias Rodrigues Nunes, 21 anos, foram sentenciados a mais de 26 anos de prisão em regime fechado.
Inicialmente, a decisão do juiz Felipe Barros, da Comarca de São Miguel, datada dessa quinta-feira, 30 de janeiro, relata que a acusação dá conta de que o crime foi praticado por volta das 20h30 do dia 20 de novembro de 2011. A sentença narra que na época os acusados acompanhados de um adolescente subtraíram bens pertencentes ao docente lotado no campus de Pau dos Ferros da Uern e o mataram com um tiro na cabeça, antes de atear fogo no corpo da vítima.
O teor da sentença detalha que na ocasião Francisco Rafael e o adolescente “simularam um acidente de moto, forçando a vítima a parar seu carro para ajudar, sendo nesse momento rendida”. Enquanto isso, “o acusado Elias permaneceu na estrada, em local estratégico, com a função de avisar aos demais, via telefone, caso houvesse aproximação da Polícia”. O conteúdo da decisão judicial também especifica que “foram levados um relógio de pulso e R$ 90,00, sendo repartido o resultado posteriormente entre os três”.
A denúncia contra Rafael e Elias foi recebida pela justiça no mês de agosto de 2012, mesma data da decretação da prisão preventiva contra os dois acusados. Durante o andamento do processo, a defesa de Rafael pediu a absolvição dele sob a alegação de que ele teve intenção de participar apenas no assalto, mas não no latrocínio
(roubo seguido de morte) e ainda negou envolvimento na ocultação do corpo da vítima, prática atribuída ao adolescente.
A sentença mostra ainda que a defesa de Elias, que estava foragido e foi capturado pela polícia de São Paulo em julho de 2012, negou o crime e também pediu a absolvição dele alegando que Rafael e o adolescente se utilizaram da moto dele sem ele ter conhecimento para qual fim o veículo seria utilizado. O texto da condenação traz ainda que o crime atribuído aos dois acusados é latrocínio (roubo seguido de morte) e o delito de destruição de cadáver é atribuído apenas a Rafael.
Ainda segundo a íntegra da sentença, Rafael, que continua foragido, teria confessado o crime em depoimento à polícia, mas que o alvo inicial seria um comerciante do município de Doutor Severiano e não o professor Carlos Magno. O adolescente também teria assumido envolvimento no caso em juízo e no inquérito policial, conduzido pelo delegado Inácio Rodrigues. E Elias teria negado participação no ocorrido em juízo, mas teria reconhecido envolvimento em depoimento à polícia no “assassinato de pessoa que era muito querida por todos”, conforme trecho do texto condenatório.
Reprodução Cidade News Itaú
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