Um capitão que trabalha como farmacêutico da Polícia Militar do Rio Grande do Norte recusou-se a fazer o teste do bafômetro durante uma blitz da Lei Seca realizada na
madrugada desta quinta-feira (27) na avenida Engenheiro Roberto Freire, no bairro de Ponta Negra, zona dul de Natal. Segundo o tenente Styvenson Valentim, do Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE), por se negar a fazer o teste, o oficial teve a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) apreendida. Na mesma operação, 103 condutores tiveram suas habilitações retidas e 17 pessoas foram presas.
Ainda de acordo com tenente Styvenson, "o capitão disse que conhecia a lei e que não faria o teste. O procedimento então foi recolher temporariamente a CNH e reter o veículo dele até a chegada de um condutor que pudesse levá-lo para casa", explicou o tenente.
Ao G1, o coronel Francisco Canindé de Araújo Silva, comandante geral da PM, o capitão parado na blitz desta quinta é reincidente. "Ele já foi pego em um blitz no ano passado, justamente por embriaguez ao volante", disse Araújo.
Na mesma operação, um americano natural da Califórnia foi detido após o teste do bafômetro acusar 2,99 miligramas de álcool por litro de ar expelido, o máximo que o aparelho pode registrar. Ele foi encaminhado junto com os outros 16 condutores para a Delegacia de Plantão da Zona Sul, no bairro de Candelária, em Natal.
Os nomes do capitão da PM e do americano não foram divulgados.
Carnaval
O tenente Styvenson disse que praticamente todos os veículos que passavam pela via foram parados. "A blitz abordou a grande maioria dos condutores. Em alguns veículos encontramos latas de aguardente e até garrafas de vodka", falou ele. O policial militar disse ainda que as blitzen devem seguir durante o o período do carnaval. "Estamos desde janeiro fazendo esse trabalho e vamos fazer durante todo o carnaval. Minha visão é positiva, pois estamos mudando o hábito das pessoas. Eu sei que o número de pessoas pegas é alto, mas eu percebo que os condutores estão se conscientizando em relação a abordagem. Estão aceitando melhor esse trabalho", contou.
Lei Seca
As novas regras da Lei Seca consideram ato criminal quando o motorista é flagrado dirigindo com índice de álcool no sangue superior ao permitido pelo Código Brasileiro de Trânsito – 0,34 miligrama de álcool por litro de ar expelido ou 6 decigramas por litro de sangue.
A pena é de detenção de seis meses a três anos, multa e suspensão temporária da carteira de motorista ou proibição permanente de se obter a habilitação.
Condutores autuados por esse tipo de infração pagam R$ 1.915,40 perdem sete pontos e têm as carteiras de motorista apreendidas. O valor é dobrado caso o motorista tenha cometido a mesma infração nos 12 meses anteriores.
Se o bafômetro registrar um índice igual ou superior a 0,05 miligrama de álcool por litro de ar, mas abaixo dos 0,34 permitidos pelo Código de Trânsito, o condutor é punido apenas com multa.
No exame de sangue, o motorista será multado por qualquer concentração de álcool, e pode ser preso se tiver mais que 6 decigramas de álcool por litro de sangue.
Reprodução Cidade News Itaú
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