Atas do FMI de 10 de maio de 2010 mostram uma série de divergências antes da criação da troika, grupo formado por Comissão Europeia, Banco Central Europeu e FMI que estabelece as exigências aos países com dificuldades econômicas.
O Brasil foi um dos países que criticava o modelo de empréstimos desde o início, segundo a documentação. Ao lado do governo brasileiro também estavam Argentina, Austrália, Canadá, Rússia e China. Esses países argumentavam que a operação era de “imensos riscos” para a Grécia e até mesmo para o prestígio do FMI, o que foi reconhecido por membros da entidade.
Outro argumento usado pelo Brasil era o de que a iniciativa privada também deveria ser incluída no pacote de reestruturação da dívida, o que só aconteceu anos mais tarde.
Entre as cláusulas acordadas que foram ignoradas pelas instituições financeiras dos três países europeus está a retenção de títulos públicos gregos.
No primeiro trimestre de 2010, bancos alemães, francês e holandeses tinham 122 bilhões de dólares da dívida da Grécia. Hoje em dia esse índice caiu 72%. A venda de tais ativos aprofundou ainda mais a crise no país helênico.
Reprodução Cidade News Itaú
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