Passado um ano da morte da fisioculturista Fabiana Caggiano, de 36 anos, estrangulada quando passava férias em Natal, o único
suspeito do crime continua foragido. Viúvo da vítima, o empresário Alexandre Furtado Paes ainda não foi localizado pela polícia do Rio Grande do Norte. Entretanto, o processo segue tramitando na Justiça e o acusado pode ser julgado à revelia. A atleta morreu no dia 2 de janeiro após cinco dias internada em um hospital particular da capital potiguar.
O promotor Jovino Pereira explica que apesar do empresário estar foragido, já houve indiciamento. Alexandre Furtado Paes responde é acusado por homicídio qualificado (motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de a vítima se defender) e também responde ao agravante de ter modificado a cena do crime.
A última movimentação no processo aconteceu em novembro, quando foi expedida uma carta precatória para a Comarca de Osasco, em São Paulo, onde o empresário tinha uma academia de musculação. Na época da morte, a defesa de Alexandre informou que ele nega o crime e alega que a mulher teve um mal súbito durante o banho. Porém, exames periciais realizados no corpo da atleta indicaram que ela foi morta por asfixia mecânica (estrangulamento).
Responsável pelo inquérito especial que investigou o crime, o delegado Frank Albuquerque, na época titular da Delegacia Especializada em Defesa e Propriedade de Veículos (Deprov), também aguarda a localização do suspeito. "Não tem muito o que falar. A investigação foi concluída e o acusado foi denunciado na Justiça. Se não aparecer, pode ser julgado à revelia", conta Albuquerque, que atualmente trabalha na 2ª Delegacia de Parnamirim, na Grande Natal.
Réu
O empresário Alexandre Furtado Paes, que possui uma academia de musculação na cidade de Osasco, em São Paulo, tornou-se réu no processo no início de março de 2013, quando o juiz Ricardo Procópio, titular da 3ª Vara Criminal de Natal, acatou denúncia do Ministério Público.
O viúvo teve a prisão temporária decretada em 25 de janeiro. Como não foi localizado e ainda não se apresentou à polícia, passou a ser considerado foragido desde então.
Relembre o caso
Segundo o próprio empresário Alexandre Paes, na manhã de 28 de dezembro do ano passado, a mulher estava tomando banho quando ela teria sofrido uma queda repentina.
O Samu foi acionado e já encontrou a paulista desacordada. No dia 2 de janeiro, no entanto, a fisioculturista morreu na UTI de um hospital particular de Natal. Familiares disseram que ela, enquanto esteve internada, permaneceu o tempo todo em coma induzido.
Em razão da suposta queda, o corpo de Fabiana foi removido para necropsia no Instituto Técnico-Científico de Polícia do RN. Laudos preliminares revelaram que a vítima havia sofrido asfixia mecânica, com características de estrangulamento.
No dia 23 de janeiro, após a conclusão dos laudos realizados pelo Itep, o delegado Frank Albuquerque confirmou que a fisioculturista fora assassinada. “As suspeitas foram confirmadas. Exames toxicológicos deram negativos. No entanto, os laudos complementares realmente apontam que Fabiana foi vítima de asfixia mecânica (estrangulamento)”, afirmou.
O delegado acusou o empresário formalmente pelo crime. Ele foi indiciado por homicídio qualificado (motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de a vítima se defender). Alexandre Furtado Paes é considerado foragido desde o dia 25 de janeiro, quando teve mandado de prisão temporária expedido pela Justiça.
Reprodução Cidade News Itaú
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