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sexta-feira, janeiro 03, 2014

Schumacher completa 45 anos internado em estado grave após acidente de esqui na França

O início de ano que costuma ser festivo para Michael Schumacher está
sendo bem diferente em 2014. O alemão não pôde comemorar o Ano Novo, tampouco celebrará o aniversário de 45 anos nesta sexta-feira (3). O heptacampeão mundial da F1 está internado em estado grave na França desde o último domingo, quando sofreu um acidente enquanto esquiava na estação de Méribel, nos Alpes. Ele teve traumatismo craniano e hemorragia cerebral depois de cair e bater a cabeça contra uma pedra, e está em coma artificial já há cinco dias.

No Ano Novo, Schumacher esteve acompanhado pela família no Centro Hospitalar Universitário de Grénoble, com alguns fãs e jornalistas encarando o frio em uma noite gelada do lado de fora. Nesta sexta, a aglomeração diante do CHU deve ser maior, com a Ferrari ajudando a organizar uma ‘festa de aniversário silenciosa’ para o piloto. A comemoração não deve ser das mais animadas, mas servirá para mostrar o respeito e a admiração que existem pelo legado do piloto.

A situação, de acordo com os médicos que o atendem, é crítica. Michael já passou por duas cirurgias na cabeça – sendo a segunda delas mais delicada, para a remoção de um hematoma no cérebro – e ficou estável entre terça e quinta-feira. Caso não estivesse usando capacete, provavelmente teria morrido na hora. O item de proteção, aliás, partiu no violento impacto.


Em seus 45 anos de vida, Schumacher quebrou recordes e afirmou-se como um dos maiores esportistas de todos os tempos – não só no automobilismo.

Na F1, o alemão estreou em 1991 com a Jordan, dando início a uma vitoriosa história de 308 GPs, 91 vitórias, 68 pole-positions, 155 pódios e sete títulos mundiais.

Depois de fazer uma única corrida pela Jordan, na Bélgica, em 1991, Schumacher logo mudou para a Benetton, defendendo o time italiano até o fim de 1995. Em 1994 e 1995, foi bicampeão mundial e transformou-se no grande nome da categoria após a morte de Ayrton Senna e as aposentadorias de Alain Prost e Nigel Mansell.

Em 1996, ele foi contratado pela Ferrari para mais uma tentativa da equipe italiana encerrar o jejum de títulos que já durava mais de uma década. Foram necessários alguns anos a mais para isso: o Mundial de Construtores só foi conquistado em 1999, e Schumacher alcançou o tri da F1 no ano de 2000.

Ali, começou uma sequência histórica: cinco títulos consecutivos até 2004. Tal forma o fez passar pelo maior campeão até então, o argentino Juan Manuel Fangio.

Além de sucessos, a carreira de Schumacher ficou marcada por diversas polêmicas. Há anos, o germânico é criticado por atitudes nas decisões dos campeonatos de 1994 e 1997, quando colidiu com os rivais na briga pelo título – Damon Hill e Jacques Villeneuve, respectivamente. Na segunda vez, ele levou a pior e acabou derrotado. Mais uma vilanice do gênero foi cometida no GP de Mônaco de 2006: o piloto estacionou sua Ferrari na curva Rascasse para evitar a pole-position de Fernando Alonso. Acabou desclassificado.

Schumacher ainda divide com a Ferrari outro momento extremamente polêmico: a ultrapassagem sobre Rubens Barrichello na reta de chegada do GP da Áustria de 2002.

Apesar desses alguns pesares, é inegável a importância de Schumacher para a F1 e para o esporte na Alemanha. Em duas décadas, ele fez do país o segundo maior vencedor na história do Mundial, ajudando a impulsionar o surgimento de uma nova geração de talentosos pilotos. Em 2014, alinharão no grid quatro germânicos: Sebastian Vettel, Nico Rosberg, Nico Hülkenberg e Adrian Sutil.


Depois de se aposentar da F1 pela primeira vez, no fim de 2006, o heptacampeão ainda retornou em 2010 para defender a Mercedes, quitando uma dívida de gratidão à montadora que pagou pela sua primeira corrida na categoria. Embora a expectativa fosse alta, o sucesso esteve longe de ser o mesmo, e o alemão foi ao pódio apenas uma vez, no GP da Europa de 2012, em Valência.

Fora das pistas, Schumacher também é conhecido por sua generosidade: já doou mais de R$ 160 milhões para instituições de caridade e de pesquisa médica. Ele é casado com Corinna, 44, e tem dois filhos: Gina-Maria, 16, e Mick, 14.

NÚMEROS DA CARREIRA DE SCHUMACHER

GPs: 308
Largadas: 307
Vitórias: 91
Pole-positions: 68
Volta mais rápida: 77
Pódios: 155
Pontos: 1566
Títulos: sete – 1994, 1995, 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004
Equipes: Jordan (1991), Benetton (1991-1994), Ferrari (1996-2006) e Mercedes (2010-2012).


Reprodução Cidade News Itaú

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