A Record retalhou Spartacus, série que estreou no domingo (5), depois das 23h. A emissora cortou sem dó
duas das principais características do épico: sangue e sexo. Todas as cenas de luta e de sexo foram amenizadas.
O sangue que na versão original jorra farto e veloz, mas em câmera lenta, numa referência aos filmes de Quentin Tarantino, foi praticamente dizimado na Record. A emissora mostrou as batalhas e os golpes, mas cortou as sequências justamente no momento em que o sangue espirrava forte. Com isso, uma das marcas da produção deixou de existir. E o subtítulo "sangue e areia" ("blood and sand") da primeira temporada (2010) perdeu o sentido.
Produção do canal norte-americano Starz, Spartacus junta uma violência gráfica com sexo quase explícito. Basicamente, conta a história do soldado que desertou do exército romano e, condenado à morte numa arena de gladiadores, conseguiu sobreviver, chegando a liderar uma revolução.
Com os cortes, a Record transformou Spartacus quase em série bíblica _aliás, são nítidas algumas referências visuais de José do Egito (2013) à produção norte americana.
Além dos jatos de sangue, a Record cortou do primeiro episódio uma cena em que uma cabeça de um soldado voa ao ser cortada em uma batalha. Diálogos também foram amenizados. Não se ouviram na versão da Record soldados gritando "Vou f... a sua mulher" nem um dos nomes vulgares do órgão sexual feminino. Há mais dor e gritos na versão original.
Para uma série que tem homossexualidade explícita, Spartacus da Record começou mal. Do primeiro episódio, foi cortada uma rápida passagem em que uma escrava beija o seio de outra mulher durante a apresentação dos gladiadores na residência do senador Albinus. Imagina, então, o trabalho da tesoura da Record quando vierem as cenas de sexo entre homens...
Outro lado
Consultada, a Record afirma que não fez cortes em Spartacus. "A emissora esclarece que foi exibida a versão oferecida pela distribuidora para a televisão aberta", disse, via assessoria de imprensa.
Reprodução Cidade News Itaú
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