O romance entre Félix e Niko, em "Amor à Vida", ganhou o apoio de Paula Braun, mulher de Mateus Solano, intérprete do ex-vilão. Em conversa com o UOL na tarde desta
sexta-feira (24), a atriz contou que torce pelo beijo entre os personagens.
"Torço demais para isso acontecer. É uma bandeira que levanto há anos. Temos que dar esse passo", disse Paula, entusiasmada. Para ela, histórias entre homossexuais são bem vindas na teledramaturgia. "Torço pelas pessoas serem mais livres na vida real também, terem a liberdade de andarem de mãos dadas, se beijarem no cinema", completou.
Diferente do marido, já conhecido na televisão por obras como "Viver a Vida" e "Gabriela", Paula fez sua estreia em novelas na trama assinada por Walcyr Carrasco. Indagada se a associação com Mateus a incomoda, ela brincou: "Não me incomoda, quem me conhece sabe que temos carreiras separadas. Acho engraçado porque as pessoas acham que os caminhos são fáceis [por ser mulher de Mateus], mas é o oposto, é muito mais difícil por causa desse vínculo. Não tenho vantagens".
Casada há dois anos com Mateus, a atriz garantiu ainda que o marido nunca levou o personagem para dentro de casa ("Deus me livre, se o Félix entrasse em casa eu colocava ele para a rua") e viu com bons olhos a mudança do vilão em mocinho adorado pelo público.
"Achei uma grande sacada, chega de maniqueísmo, ninguém é só bom ou só mau, o Félix ter tido essa redenção foi um ponto a favor", disse.
Crescimento de Rebeca foi surpresa
Nas semanas finais de "Amor à Vida", Rebeca ganhou dastaque na trama ao ajudar Paloma (Paolla Oliveira ) e Lutero (Ary Fontoura) a descobrirem as armações de Aline (Vanessa Giácomo). O crescimento da personagem foi visto com grande surpresa pela atriz.
"Não achei que fosse ter esse crescimento, foi uma surpresa boa, fiquei feliz de ter entrado nesse núcleo", agradeceu. A estreante contou que ficou nervosa ao contracenar com Fagundes ("Não queria errar o texto") e que não se frustrou com o tamanho da personagem. "Se fosse maior talvez eu tivesse apanhado um pouco. Essa foi minha primeira novela e foi difícil, uma linguagem diferente do que fiz no cinema e no teatro. Só agora no final estou começando a me achar na telinha", opinou.
Um dos pontos positivos do trabalho, para Paula, foi o reconhecimento do público. O romance entre Rebeca, judia, e Pérsio (Mouhamed Harfouch), palestino, ganhou repercussão nas ruas. "Muita gente torceu por eles, outras não, diziam que Pérsio era esquisto. Foi engraçado. O bom da TV é esse retorno, é muita gente assistindo, eu não tinha essa noção", garantiu.
Com o fim das gravações, Paula pretende descansar ao lado de Mateus. Mas não por muito tempo, ela se prepara para dirigir seu primeiro longa-metragem, um documentário sobre casais que estão juntos há mais de 50 anos.
E foi justamente o amor o que mais chamou atenção de Paula em "Amor à Vida", segundo a atriz a trama ajudou a mostrar que as pessoas podem se amar mesmo sendo diferentes. "Soube de mãe ligando para filho gay depois de dez anos por causa da novela, disso é o que mais me orgulho", finalizou.
Reprodução Cidade News Itaú
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!