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quinta-feira, janeiro 30, 2014

PF prende mais um suspeito de participação em fraude milionária envolvendo a Mega-Sena

A Polícia Federal prendeu na terça-feira (28) mais um dos suspeitos de participar da fraude milionária contra a Caixa Econômica Federal
com um falso bilhete da Mega-Sena. Márcio Xavier de Lima, de acordo com a PF, usou o nome falso de Márcio Xavier Gomes Souza para abrir uma conta bancária utilizada para o desvio de R$ 73 milhões em um esquema envolvendo um falso prêmio em 2013.  

Lima foi encontrado ontem na sede do Ministério Público Federal, onde prestava um depoimento após ser convocado pelo  MP. A PF foi avisada que ele estava no local e foi até lá para prendê-lo, já que existia um mandado de prisão em seu nome. Lima é um dos cinco suspeitos de integrar a quadrilha que operava o esquema e é o terceiro a ser preso.

A Polícia Federal informou que um laudo pericial comprovou que Lima é a mesma pessoa que efetuou a abertura da conta na Caixa Econômica Federal para o recebimento do falso prêmio da Mega-Sena. O homem está detido na cadeia pública de Araguaína (TO) e a PF não deu mais detalhes sobre o suspeito.

A fraude foi descoberta pela própria Caixa, que a denunciou à PF. Deflagrada no último sábado (18), a operação Éskhara investiga o uso de documentos falsos pela quadrilha para abrir uma conta corrente em uma agência da Caixa de Tocantinópolis (TO), onde foram depositados cerca de R$ 73 milhões.

O dinheiro foi desviado do banco e depositado como pagamento de um falso prêmio da Mega-Sena. Depois, foi transferido para outras contas em menores quantias em todo o Brasil.

"Controles internos"
A Caixa Econômica Federal afirmou na última quinta-feira (23) que "aprimorou seus controles internos" para evitar novas fraudes. O banco informou que não vai mais comentar o caso durante as investigações e que acionou a Polícia Federal logo que constatou a fraude. "O banco continua acompanhando o caso e está à disposição da PF para colaborar com as investigações", disse a Caixa, em nota.

A PF prendeu no dia 18 o suplente de deputado federal Ernesto Vieira Carvalho Neto. Ele concorreu às eleições de 2010 pelo PMDB do Maranhão, mas se desfiliou em 2011. Carvalho Neto é suspeito de fazer parte do esquema de desvio de dinheiro.

Os agentes da Polícia Federal também prenderam o ex-gerente-geral da agência da Caixa em Tocantinópolis, Robson Pereira do Nascimento. De acordo com a PF, Nascimento tinha senha para acessar o sistema do banco, que libera recursos de prêmios de loterias. Para liberar o dinheiro do prêmio é preciso enviar informações sobre o bilhete premiado e esperar a autorização do banco. Segundo as investigações, o ex-gerente liberou o dinheiro sem autorização e sem enviar as informações do bilhete.

Segunda fase de investigações
A PF iniciou a segunda fase de investigações no dia 20. Segundo o delegado federal Omar Pepow, inicialmente foram identificadas as contas bancárias que mais receberam dinheiro do desvio e agora estão sendo analisados os repasses menores. São pelo menos 200 contas bancárias envolvidas no esquema

Do total de R$ 73 milhões, cerca de 70% já foram recuperados.

Os envolvidos responderão pelos crimes de peculato, receptação majorada, formação de quadrilha e da Lei 9.613/98 (lavagem de dinheiro), cujas penas somadas, caso condenados, podem chegar a 29 anos de reclusão.

A investigação da operação Éskhara da PF tem participação do Ministério Público Federal. Participam da operação 65 policiais federais dos Estados de Tocantins, Goiás, Maranhão e São Paulo.

Reprodução Cidade News Itaú

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