A mesma equipe que deveria cuidar,
zelar e proteger seu bem-estar, foi a responsável por um crime bárbaro com nuances revoltantes.
A paciente, que possui problemas mentais, foi estuprada mais de 60 vezes por um trabalhador de cuidados especiais do hospital psiquiátrico e apelidada entre os enfermeiros com o desrespeitoso nome de “playground de predadores”.
A mulher, com nome fictício de Catherine, disse: “Os doentes mentais são os mais vulneráveis na sociedade, em termos de abuso sempre nos desacreditam. É um campo farto e aberto para abusadores”.
O hospital, ao saber e ter provas do caso, disse que pagaria indenização como uma forma de “compensar” todo o mal causado por seus funcionários.
Inacreditavelmente, o agressor evitou ser preso depois de ter a pena suspensa. Ela comentou em entrevista à Rádio BBC de Londres que o agressor foi a primeira pessoa que ela conheceu na clínica: “Depois de uma semana, ele entrou no meu quarto e começou a passar as mãos em minhas coxas”.
Ela comenta que muitas vezes não tinha forças para gritar ou tomar qualquer atitude, por estar dopada de medicamentos tranquilizantes e soníferos. Catherine ainda comentou que se sentia ameaçada, pois qualquer tentativa de revolta poderia soar como “uma piora em seu quadro mental”.
Após isso, o abuso tornou-se mais regular: “Era manipulação total. Eles diziam que esse era o único caminho para eu sair dali”.
“Eu estava desolada. Você não tem muita coisa para fazer. Ele ia ao meu quarto todas as noites para abusar de mim. Mas, quem é que vai acreditar que um doente mental está falando a verdade contra um membro da equipe?”, questionou.
Perguntada pela BBC se suspeitava que alguém do hospital sabia de tudo, ela disse: “Eu suspeito fortemente. Não posso acreditar como é que algo poderia ser tão frequente e ninguém ter visto”.
A polícia indiciou o enfermeiro em 4 acusações de abuso sexual. Ele foi sentenciado a 12 meses de cadeia, decisão suspensa por dois anos. O juiz ainda determinou que ele nunca poderá trabalhar com pessoas vulneráveis e que pague indenização de R$ 360.000 para Catherine.
O caso só veio à tona agora, e a Kent e Medway NHS and Social Care Partnership Trust não quis comentar o caso por alegar que o incidente é muito antigo.
Reprodução Cidade News Itaú
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!