A investigação iniciou em 2013, após a transferência de Neymar para o Barcelona. Na semana passada, o clube catalão divulgou os valores do acordo. A equipe gastou mais de 86 milhões de euros para ficar com o atleta. Metade desse valor, 40 milhões de euros foram pagos à empresa do pai de Neymar pai, sendo que 10 milhões em 2011.
O procurador da República Thiago Lacerda Nobre informou que que foi enviado ofício ao Delegado da Receita Federal em Santos requisitando uma série de informações.
"Mandamos um ofício para a Receita questionando como ficava o desencontro de informações sobre os valores do Neymar. Pedimos para a receita as movimentações registradas da empresa. Eles têm um prazo de 20 dias para repassar ao Ministério Público Federal", explicou Nobre ao UOL Esporte.
"Como ele confirmou que recebeu um valor do Barcelona, a gente vai esperar a Receita informar se esse montante foi declarado, principalmente o valor de 2011. Se não houver informação sobre recebimentos, vamos investigar", afirmou o procurador.
Nobre informa que ainda não há como dar parecer sobre o caso ou se houve alguma irregularidade, já que a investigação está em fase preliminar. Segundo a Lei 8.137/90, a pena para crimes de ordem tributária vai de dois a cinco anos de prisão e pagamento de multa.
O MPF de Santos estuda solicitar informações, através de pedido de colaboração, ao Ministério Público Espanhol, que já está apurando o caso após denúncia de um sócio do Barcelona. A investigação levou o presidente do clube catalão, Sandro Rosell, a abandonar o cargo.
O MPF espera que com a colaboração da investigação espanhola será possível determinar se o valor depositado pelo Barça na conta da N & N Consultoria Esportiva e Empresarial Ltda. foi feito no Brasil ou no exterior, e também se todos os valores foram declarados.
Reprodução Cidade News Itaú
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