Juliane Carvalho dos Santos, mãe da menina Ana Clara, de 6 anos, que morreu após ter mais de 90% do corpo queimado em um ataque a ônibus, permanece internada em
estado grave na Unidade Intermediária de Terapia Intensiva do Hospital Tarquínio Lopes, em São Luís. Ela ainda não sabe que a filha mais velha faleceu.
Jorgiana, irmã de Juliane, disse que ela já desconfia que algo de mais grave tenha acontecido com a filha. "Ela está com as costas muito queimadas, e um lado da coxa. Ela é muito fraca. Vou fazer uma visita para saber o estado clínico e psicológico dela, mas ela precisa saber. Só ela sabe o que passou, o que está sentindo como mãe", disse a irmã.
Teresinha Carvalho, outra irmã de Juliane, afirmou que a família ainda não contou nada para não agravar o estado de saúde dela. "Nós fomos orientados pelo médico, que vai fazer todo o acompanhamento, porque ela tem um histórico de depressão e então vai ser feito todo um preparo para que possa ser dada a notícia. Se não, o estado dela pode se agravar", explicou.
A mãe de Ana Clara teve 40% do corpo queimado no ataque e está consciente. Segundo a assessoria do hospital, Juliane está "em bom estado geral, lúcida e comunicativa, referindo dor e prurido leve, sobretudo durante e logo após a troca de curativo. Recebe tratamento padrão para o grande queimado. Em acompanhamento psicológico e psiquiátrico".
Enterro
O enterro da menina Ana Clara ocorreu na manhã desta terça-feira (7), no Cemitério Jardim da Paz, na Estrada de Ribamar. A menina estava com a mãe Juliane Carvalho Santos, 22, e a irmã, Lorrane Beatriz Santos, de 1 ano e 5 meses, em um dos ônibus incendiados por homens armados na sexta-feira (3), na capital maranhense. Lorrane continua internada em estado grave.
Além de Juliane e suas duas filhas, outras duas pessoas ficaram feridas nos ataques a ônibus na Vila Sarney Filho, na capital: Márcio Jonny, 37 anos, que está em estado grave; e Abyancy Silva Santos, 35 anos, que está internada com 10% do corpo queimado.
Reprodução Cidade News Itaú
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