A Justiça aceitou denúncia do Ministério Público (MP) contra a mãe e o padrasto do menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, por responsabilidade na morte do
garoto, que foi encontrado boiando no Rio Pardo, em Barretos (SP), no dia 10 de novembro do ano passado. A informação foi dada pelo promotor Marcus Túlio Nicolino na manhã desta segunda-feira (13). Natália Ponte e Guilherme Longo vão responder por homicídio triplamente qualificado. A Promotoria ainda acusa Longo de ocultação de cadáver.
Segundo Nicolino, a decisão foi assinada na sexta-feira (10) pelo juiz substituto André Quintela Alves Rodrigues. O padrasto de Joaquim está preso preventivamente na Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, conhecida como P2, em Tremembé, no interior de São Paulo. Nátalia, que também estava presa, obteve um habeas corpus na sexta-feira concedido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
Agora, o casal passa a ser réu no caso que julga o desaparecimento e a morte de Joaquim. O inquérito policial aponta que Longo aplicou uma superdose de insulina no menino e depois jogou o corpo dele no córrego que fica nas proximidades da casa da família, no Jardim Independência, em Ribeirão Preto (SP). Apesar de a polícia não ter encontrado indícios que pudessem incriminar Natália pela morte do filho, a Promotoria alega que a mãe foi omissa, em razão dos riscos a que ela expôs a criança, já que tinha conhecimento do comportamento agressivo do companheiro.
Considerado o principal suspeito pela morte do menino, o padrasto ficou preso desde o dia 10 de novembro, na Delegacia Seccional de Barretos (SP), até ser transferido, na segunda-feira (6), para Tremembé, onde estão presos condenados por casos considerados de grande repercussão, como Alexandre Nardoni, pela morte da filha Isabella; os irmãos Cravinhos, considerados culpados em julho de 2006 pela morte do casal von Richthofen; Lindenberg Alves, que matou a jovem Eloá Pimentel; o juiz Nicolau dos Santos Neto, o "Lalau", condenado em 2006 pelo desvio de quase R$ 170 milhões da construção do Fórum Trabalhista de São Paulo; e o jornalista Pimenta Neves, ex-diretor de redação do jornal "O Estado de S.Paulo", condenado por matar a ex-namorada Sandra Gomide a tiros.
Já a mãe de Joaquim foi presa no dia 10 de novembro e permaneceu na Cadeia Feminina de Franca (SP) até 11 de dezembro, quando obteve o primeiro habeas corpus, solicitado por um advogado de São Paulo que não estava envolvido no caso. Natália voltou a ser presa no dia 3 de janeiro, após pedido de prisão preventiva por parte do MP. Quatro dias depois, a mãe do menino chegou a ser transferida para Tremembé, mas obteve um novo habeas corpus na semana passada. O TJ-SP considerou que o envolvimento da psicóloga no desaparecimento e na morte do filho não preenche requisitos suficientes para sustentar sua prisão.
O caso
Antes de ser encontrado boiando no Rio Pardo, no dia 10 de novembro, Joaquim Ponte Marques estava desaparecido desde o dia 5 de novembro da casa onde vivia com a mãe, o padrasto e o irmão, em Ribeirão Preto.
O delegado Paulo Henrique Martins de Castro, responsável pela investigação, afirmou que o indiciamento de Longo foi baseado em um conjunto de provas. Segundo Castro, o trajeto feito pelos cães farejadores e a diferença de doses de insulina encontrada em uma das canetas que eram usadas no menino – que sofria de diabetes – foram determinantes para incriminar o padrasto. O delegado, no entanto, diz não ter encontrado indícios da participação direta de Natália na morte do filho.
Reprodução Cidade News Itaú
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!