O grupo chinês Lenovo comprou nesta quarta-feira (29) a divisão móvel da Motorola, adquirida em 2011 pelo Google. O valor da
transação é de cerca de US$ 3 bilhões. O Google comprou a parte relacionada à telefonia da Motorola em 2011 por US$ 12,5 bilhões. As companhias ainda não anunciaram a aquisição formalmente. No entanto, várias fontes, como "New York Times", "TechCrunch", "Wall Street Journal" e "Reuters", informaram que o negócio será divulgado ainda nesta quarta-feira.
Segundo a "Reuters", a Lenovo usará dinheiro e ações para fechar o negócio da compra com o Google. O grupo chinês, que já atua na área de computadores e servidores, quer entrar no mercado de smartphones móveis, cuja liderança, atualmente, pertence à sul-coreana Samsung.
Aquisição pelo Google
A compra da Motorola Mobility, divisão da empresa americana responsável pela fabricação de celulares, foi concluída pelo Google em maio de 2012. O negócio foi feito em 15 de agosto de 2011, porém os órgãos regulamentadores só ratificaram a operação após um ano.
O negócio com a Motorola, feito em agosto de 2011, foi a maior aquisição do Google até então. A gigante das buscas pagou US$ 12,5 bilhões pela fabricante de celulares americana – o equivalente na época a US$ 40 por ação.
Compra por patentes
Na época da compra, alguns analistas de mercado disseram que o Google adquiriu a Motorola para entrar na briga do mercado de patentes de telefonia.
Por não ter um bom portfólio, empresas da concorrência – como Apple e Microsoft – passaram a acusar fabricantes de smartphones Android por infringirem direitos autorais de várias tecnologias e funções.
Alguns meses antes da aquisição, o Google tentou comprar patentes de telefonia da Nortel. A empresa não conseguiu chegar aos valores propostos no leilão e ainda acusou Microsoft, Apple e Oracle de atuarem em conjunto para prejudicar o desenvolvimento do sistema Android.
Curiosamente, após o anúncio da compra no ano passado, a Motorola passou a reivindicar uma série de infrações de patentes feitas por concorrentes. Em um caso, a Apple teve que remover produtos de seu site na Alemanha que utilizavam tecnologias sem fio patenteadas pela Motorola.
Reprodução Cidade News Itaú
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