Uma família – pai, mãe, dois filhos e a esposa de um deles, grávida – foi convencida pela Polícia Militar a deixar a casa onde viviam reclusos, em Presidente Prudente, há mais de
dois anos, depois que um dos filhos disse que estava sendo ameaçado e perseguido. O medo tomou conta de todos, que decidiram não sair mais para a rua, segundo os policiais.
A polícia chegou até o local nesta quinta-feira (9), com apoio de uma assistente social do município, depois de ser acionada por parentes da família. No local, todos viviam de portas e janelas fechadas. O quintal estava abandonado e um carro permanecia na garagem, onde uma luz ficava acesa noite e dia.
“Nós nunca mais vimos eles. Achávamos que eles tinham ido embora”, disse uma vizinha que preferiu não se identificar.
A família vivia com um salário mínimo, creditado na conta do pai, que é aposentado. “São pessoas assustadas, com medo de serem reconhecidas, com medo de alguém estar vendo que eles estavam morando ali ainda”, relatou a assistente social Maria Helena Veiga Silvestre, que acompanhou o trabalho da polícia.
De acordo com ela, as cinco pessoas só decidiram aceitar ajuda e ir a um hospital porque a esposa de um dos filhos está grávida. “Eles não colocaram nenhuma objeção de sair, porque nós partimos do pressuposto da gravidez de uma delas, que relatou estar grávida de cinco meses e que não tinha tido nenhum acompanhamento médico. Acredito que poderia acontecer de ela ter esta criança dentro de casa”, afirmou.
Eles foram levados para o Hospital Regional de Presidente Prudente, onde fizeram exames clínicos e receberam atendimento no Setor de Saúde Mental. Nesta sexta-feira (10), eles serão novamente analisados pelos médicos.
Reprodução Cidade News Itaú
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!