Companheira de Lais Souza na caminhada por uma vaga nos Jogos de Sochi 2014 no esqui estilo livre, Josi Santos publicou em uma rede social que a atleta, internada no
Hospital da Universidade de Utah, nos EUA, após sofrer um grave acidente durante um treino, mexeu o braço nesta quarta-feira:
- Deus do céu... Ela mexeu o braço. Jesus, te amo mais do que tudo... Genteeeee, tá forte essa corrente... Muito feliz, muito feliz. Só Deus sabe o que sinto nesse momento... Continuem, amigos, continuem - escreveu Josi Santos em sua conta no Facebook.
O médico responsável pelo caso, no entanto, não confirma a informação, de acordo com a repórter Karin Duarte, do SporTV. O hospital divulgou na madrugada desta terça o primeiro boletim médico sobre o estado de saúde de Lais e indicou que o quadro é gravíssimo. Com um "trauma severo na coluna cervical", a ex-ginasta ainda corre risco de morte, apesar de estar estável e consciente, e, no momento, não tem o movimento dos braços e das pernas e respira com o auxílio de ventilação mecânica.
O boletim só foi divulgado após a chegada do médico brasileiro Antonio Marttos Jr. a Salt Lake City. Lais, que sofreu o acidente quando esquiava na última segunda-feira, foi submetida a uma cirurgia para realinhamento da 3ª vértebra da coluna cervical. De acordo com a nota divulgada, a brasileira está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neurológica e se comunicou com os médicos por poucas palavras e gestos com a cabeça. A ex-ginasta já passa por fisioterapia específica, mas não foi descartada a possibilidade da realização de mais cirurgias.
O GloboEsporte.com procurou o doutor em neurotraumatologia experimental Fernando Gomes Pinto para opinar sobre a possível melhora de Lais. Segundo o médico, diante do quadro de uma lesão na 3ª vértebra da coluna cervical, um movimento do braço indicaria que a paciente teria sim a possibilidade de melhora, mas isso não seria garantia da recuperação dos movimentos.
- O fato de ela ter mexido o braço é um prognóstico muito positivo de recuperação. Se ela não tivesse mexido nada, poucas horas depois da cirurgia, poderia ser pior em termos de recuperação. A lesão parece ter sido incompleta e parcial e é possível que ela esteja em fase de choque medular, o que explica o movimento. Isso significa que o sistema nervoso ainda não está funcionando de forma adequada, mas que há uma possibilidade de melhora - disse o neurologista.
Reprodução Cidade News Itaú
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