Homens do Batalhão de Choque da PM (Polícia Militar) e a Força de Segurança Nacional estão revistando as celas do bloco A da CCPJ (Central de Custódia de Presos de Justiça), localizada no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, por conta de um motim
realizado pelos internos do local na noite desta quinta-feira (16).
Este é o segundo tumulto registrado na CCPJ nesta quinta-feira. À tarde, presos quebraram seis grades de celas do bloco A da unidade prisional. O tumulto foi contido pela PM e Força Nacional e do Geop (Grupo Especial de Operações Penitenciárias).
Os presos que se rebelaram estão envolvidos nos ataques a quatro ônibus ocorridos no último dia 3, em São Luís, quando cinco pessoas ficaram feridas pelo fogo ateado em um dos veículos, que estava circulando pelo bairro Vila Sarney, em São José de Ribamar (região metropolitana de São Luís). Uma menina de seis anos morreu vítima das queimaduras, com 95% do corpo queimado. Três pessoas continuam internadas, duas em estado grave.
Na noite desta quinta-feira, a BR-135 chegou a ser interditada por familiares de presos, que estão nos arredores do Complexo de Pedrinhas deste a tarde de hoje tentando notícias dos internos. A obstrução durou cerca de uma hora e os manifestantes foram dispersos após a chegada da PRF (Polícia Rodoviária Federal).
A Sejap (Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária) não informou se há feridos no segundo tumulto. A Corregedoria e Ouvidoria da Sejap estão revistando as celas neste momento.
Os presos rebelados querem que a tropa da PM saia do complexo de Pedrinhas e que haja afrouxamento nos procedimentos se segurança e nas revistas. Desde a última segunda-feira (13), presos de três pavilhões da CCPJ estão em greve de fome, se recusando a receber a alimentação oferecida pela unidade prisional.
A CCPJ abriga internos que participam dos grupos criminosos Bonde dos 40 e PCM (Primeiro Comando do Maranhão), facção ligada ao PCC (Primeiro Comando da Capital).
Violência
Em relatório após a visita, o CNJ apontou ainda que mulheres de presos que não são líderes de facções são estupradas em dias de visita pelo comando dos grupos criminosos do complexo de Pedrinhas para que os maridos não sejam assassinados. Há relatos de estupros fora dos presídios a mando dos líderes de facções.
O Estado passa por uma crise na área se segurança pública, que tem como foco o complexo de Pedrinhas. Superlotado, com 1.700 vagas e 2.200 presos, o complexo registrou 62 mortes desde o ano passado - 60 em 2013 e duas neste ano.
Reprodução Cidade News Itaú
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