O ex-primeiro-ministro israelense Ariel Sharon, morto no sábado (11), foi enterrado nesta segunda-feira (13) na fazenda de sua família localizada ao sul do deserto do Neguev, perto da
fronteira com a Faixa de Gaza.
Sharon, de 85 anos, havia permanecido oito anos em coma após um derrame cerebral ocorrido em janeiro de 2006. Ele foi enterrado junto a sua segunda esposa, Lily, como desejava.
Sharon teve um funeral de Estado no Parlamento de Jerusalém com a presença de líderes israelenses e estrangeiros, como o vice-presidente americano, Joe Biden.
A homenagem oficial ocorreu na praça em frente ao Parlamento e começou com cantos religiosos tradicionais.
"A terra da qual você veio te abraça com os braços cálidos da história de nossa nação, à qual você somou um capítulo inesquecível", declarou o presidente israelense Shimon Peres na cerimônia transmitida ao vivo pela televisão.
O vice-presidente americano Biden lembrou Sharon como "um homem poderoso".
"O primeiro-ministro Sharon era um homem complexo (...) que viveu em uma época complexa em uma vizinhança complexa", explicou Biden.
Cerca de 20 mil israelenses passaram no domingo diante do caixão exposto no exterior do Parlamento.
Muitos lembravam o carisma e a bravura do 11º6 chefe de Governo de Israelx.
O conselho de ministros semanal, presidido por Benjamin Netanyahu, observou um minuto de silêncio.
O primeiro-ministro voltou a saudar seu rival político como "um de nossos mais eminentes líderes e audazes comandantes".
Já a imprensa israelense fazia um balanço equilibrado da "herança de Sharon".
"Fou um gênio generoso e cruel ao mesmo tempo", resumiu o jornal de direita "Maariv".
Inclusive o "Haaretz", da esquerda e firme adversário do Buldôzer (um dos apelidos de Sharon), dedicou elogios ao ex-líder.
"Desde a saída de Sharon, Israel carece de uma liderança política que reconheça os limites da força, mantenha a aliança com os Estados Unidos e demonstre valor nos Territórios (palestinos) sem se deixar impressionar pelos colonos", declarou.
De Gaza a Ramallah, de Yenin aos campos de refugiados no Líbano, os palestinos expressaram sua imensa alegria com a notícia da morte do "criminoso Sharon" e lamentaram que o general israelense tenha falecido sem ter comparecido perante a justiça internacional.
Reprodução Cidade News Itaú
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