O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, disse nesta quinta-feira que os torcedores que pretendiam assistir aos jogos da Copa do Mundo em Curitiba podem comprar
A afirmação foi feita três dias depois de ele mesmo ter dito que a capital paranaense poderia ficar de fora da Copa por conta de as obras da Arena da Baixada estarem atrasadas.
Na última visita da Fifa com o COL (Comitê Organizador Local), ocorrida terça-feira, ficou constatado que faltam cadeiras, cobertura, gramado, centro de imprensa e acesso ao estádio. Faltam 140 dias para a Copa do Mundo no país.
Valcke disse que a Fifa não tem ainda um plano B para o caso de o estádio não ter condições de receber jogos do Mundial. A decisão será tomada em 18 de fevereiro, quando será realizado, em Florianópolis, um seminário com informações sobre o país-sede para as seleções participantes.
Os estádios que ainda não estão prontos têm previsão de conclusão entre final de abril e início de maio.
"No dia 18 será possível saber exatamente o que está acontecendo com o estádio de Curitiba. Os envolvidos estão colocando os recursos necessários para garantir a realização dos jogos. O que posso dizer para os torcedores é que eles ainda podem comprar ingressos e reservar voos para os quatro jogos em Curitiba sem se preocupar", disse Valcke, durante entrevista coletiva no estádio do Maracanã, no Rio, para fazer um balanço das últimas visitas aos estádios brasileiros.
Antes de tentar tranquilizar os torcedores, Valcke, contudo, afirmou que "não há solução fácil" para Curitba.
Entre os integrantes do comitê organizador local e do governo federal, o clima era de admitir preocupação com a situação do estádio, mas ressaltar a esperança de que um esforço conjunto fará tudo dar certo no final.
O presidente da CBF e do COL, José Maria Marín, disse que seria "profundamente lamentável" se Curitiba ficasse de fora. O ex-jogador e deputado estadual Bebeto, membro do COL, disse que seria um "grande desastre". Ambos, contudo, afirmaram crer que o estádio ficará pronto a tempo.
"Seria profundamente lamentável, mas não acredito nisso. Todos deverão se unir em Curitiba para que o estádio esteja pronto", disse Marín.
O secretário executivo do Ministério dos Esportes, Luis Fernandes, afirmou que o país "assumiu um conjunto de compromissos e deu um conjunto de garantias" de que teria estádios dentro dos padrões exigidos pela Fifa.
Segundo ele, os envolvidos na construção do estádio, que são os governos (municipal, estadual e federal) e os parceiros privados, acertaram trabalhar sobre três pilares para colocar o estádio em condições de receber o evento.
O primeiro seria a reestruturação da gestão da obra, com funcionários da prefeitura de Curitiba e do governo do estado do Paraná com experiência em grandes intervenções de engenharia trabalhando integralmente na questão.
A segunda seria a intensificação do ritmo das obras, com o estudo da possibilidade de se adotar um terceiro turno de trabalho. A terceira seria o equacionamento econômico e financeiro do estádio, que receberá um aporte de R$ 39 milhões de uma agência de fomento do Paraná.
O secretário disse não saber ainda qual seria o impacto no orçamento do estádio da adoção das novas medidas. Até o momento, disse ele, o custo do estádio está em R$ 235 milhões.
Reprodução Cidade News Itaú
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