quinta-feira, dezembro 12, 2013

Polícia suspeita de assassinato seguido de suicídio em caso de brasileiros mortos nos EUA

A polícia de Orlando, no Estados Unidos, suspeita que o caso da família brasileira encontrada morta dentro de um carro na garagem de casa em Lake Nona trate-se de um
duplo assassinato seguido de suicídio. Segundo as autoridades, os corpos de Márcio Luiz Ferraz do Amaral, 45, sua mulher, Cledione Regina Ruppenthal Ferraz do Amaral, 34, e a filha do casal, Wendy Ferraz do Amaral, 10, passaram três semanas sem ser encontrados.

Amaral, que conheceu a mulher na TAM quando ele trabalhava como piloto e ela era comissária de bordo, estava desempregado havia alguns meses. Cledione, que trabalhava em um parque da Disney, não ganhava bem o suficiente para cobrir os gastos da família.

Para a polícia, Amaral matou a família e em seguida tirou a própria vida porque não tinha dinheiro para se sustentar nos Estados Unidos.

A família, que morava na Flórida havia cinco anos e não tinha voltado ao Brasil desde então, foi encontrada por um dos proprietários da casa alugada que eles habitavam desde 2009, em um condomínio de luxo. Gerald Mastro teria ido cobrar o valor de aluguéis atrasados e, ao tocar a campainha, reparou um cheiro forte que vinha de dentro da residência. Sem receber resposta dos chamados, o proprietário teria ligado para a polícia, que encontrou os corpos.

Como não encontraram qualquer sinal de arrombamento na casa, a polícia praticamente descartou a hipótese de um triplo homicídio. "Eles sempre foram muito bons. Sem problemas", disse Mastro ao jornal americano "Orlando Sentinel". "Quando vínhamos à Flórida, sempre os visitávamos", afirmou ele, que reside em Chicago.

Segundo Mastro, nos últimos anos, Amaral e Cledione haviam sido bons inquilinos e pagaram sempre dentro do prazo. A situação começou a mudar em outubro. Mastro entrou em contato com o casal no início de novembro. Ele trocou e-mails com Cledione, que se desculpou pelo aluguel vencido. Ela prometeu pagar o mais rápido possível, mas não teria cumprido a promessa. Quando eles morreram, havia três meses de aluguéis atrasados.

Itamaraty
As mortes foram confirmadas pelo Itamaraty, que, no entanto, não revela detalhes das investigações. Os parentes dos mortos, que moram em Formosa, no interior de Goiás, procuraram o Itamaraty para pedir apoio. O órgão afirma que acionou o consulado brasileiro em Miami, que está acompanhando o caso e servindo de intermediário entre os parentes dos mortos e as autoridades policiais americanas.

A polícia do Condado de Orange aguarda a identificação oficial dos corpos para liberá-los. A responsabilidade do translado ao Brasil, de acordo com o Itamaraty, é da família.

A irmã de Cledione, Suênia Ruppenthal, começou uma campanha na internet para arrecadar dinheiro para repatriar os corpos da família de sua irmã.

Reprodução Cidade News Itaú

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