A Promotoria da Infância e da Juventude encontrou na quarta-feira (5) uma escola infantil que amarrava crianças em cadeiras e carrinhos e operava sem alvará de
funcionamento em Rio Grande, na Região Sul do Rio Grande do Sul. De acordo com o Ministério Público, alguns bebês dormiam em locais isolados e cerca de 20 crianças ficavam juntas na cozinha da escola. Além disso, as mamadeiras dos alunos eram deixadas fora da geladeira, e algumas cadeiras da escola estavam danificadas.
O cenário foi flagrado pela promotora Luciara Pereira, que recebeu a denúncia. A escola se defendeu e afirmou que só amarrava as crianças com o consentimento dos pais e que o fato não ocorria todos os dias. O MP afirma que todos os alunos foram entregues aos pais e que está avaliando uma possível ação civil pública para investigar o caso.
“Fomos com uma equipe do Conselho Tutelar até a escola e quando nós chegamos não havia nenhuma professora no local, somente uma orientadora e uma outra pessoa que fazia a limpeza. A situação mais grave que encontramos foi essa, de crianças presas com fitas nos carrinhos. Era um verdadeiro depósito de crianças”, disse a promotora.
O pai de um menino que estudava na escola ficou revoltado com as condições encontradas pelo MP. Maicon Leite já estava desconfiando das atitudes do filho. “Ele emagreceu muito, estava muito agressivo nos últimos dias, coisa que ele não era. Os lanches que a gente mandava ele dizia que não comia, ficava disfarçando”, relatou. "Estou muito revoltado, tentando manter o controle, mas está difícil. Tenho vontade de chorar, né? Não tenho palavras para expressar o que estou sentindo agora”, lamentou Maicon.
A escola se defendeu e afirmou que só amarrava as crianças com o consentimento dos pais. O fato não ocorria todos os dias, segundo a pedagoga responsável, Ivandra Cardoso.
Reprodução Cidade News Itaú
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