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sexta-feira, dezembro 27, 2013

Inquérito sobre morte de advogado no RN tem novo prazo para conclusão

O inquérito que investiga o assassinato do advogado Lafaiete Dantas Júnior em Pau dos Ferros, na região Oeste do Rio Grande do
Norte, terá mais 20 dias para ser concluído. A prorrogação do prazo foi solicitada pelo delegado Inácio Rodrigues,  que ainda não ouviu a principal suspeita do crime, a advogada Cleidimar de Oliveira Dantas, mulher da vítima, que ainda não recebeu alta da clínica psiquiátrica onde está internada. A polícia acredita em crime passional no assassinato cometido no dia 18 de dezembro.

No dia seguinte ao crime a juíza Ana Orgette de Souza Fernandes Vieira, da Vara Criminal de Pau dos Ferros, negou o pedido de prisão domiciliar solicitado pela defesa de Cleidimar. Segundo a decisão proferida pela juíza, embora não haja local para a custódia da suspeita no município de Pau dos Ferros, ela pode ser transferida para Natal.

Na mesma decisão, a juíza manteve a custódia hospitalar de Cleidimar, que deve ser transferida para a capital potiguar assim que receber alta médica.

O crime

O advogado Lafaiete Dantas Júnior, marido de Cleidimar, foi morto com cinco tiros dentro do escritório do casal logo no início da manhã do dia 18 de dezembro. Vizinhos escutaram os disparos e chamaram a polícia. Quando os agentes chegaram ao prédio foi preciso derrubar a porta do escritório.

“A advogada estava em choque, caída no chão ao lado do corpo do marido, mas ainda com a arma na mão. Lá mesmo ela recebeu voz de prisão e depois a levamos à delegacia. Ela foi medicada e permanece dopada”, acrescentou o delegado Inácio.

O delegado também revelou suspeitar que a advogada pretendia fugir logo após o crime. Dentro do carro da mulher a polícia encontrou R$ 53 mil em espécie. O dinheiro, de acordo com o delegado, foi encontrado logo após ela ser presa. "Não tenho certeza, mas tudo indica que ela pode ter premeditado o crime e estaria pensando em fugir. Por isso ela carregava uma quantia tão alta dentro do carro", revelou. O dinheiro foi entregue aos filhos do casal.

Quanto à arma usada no assassinato, o delegado disse que o revólver, possivelmente um calibre 38, foi enviado para perícia no Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep). “Por enquanto não podemos sequer dizer de quem é ou se a arma é ilegal”, ponderou.

De acordo com relatos de amigos do casal ao delegado, os advogados eram casados há mais de 20 anos e aparentemente tinham um bom relacionamento. O casal é natural da cidade de Sousa, na Paraíba, e tem dois filhos, de 17 e 21 anos.

Reprodução Cidade News Itaú

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