Dois policiais militares morreram após passarem mal num teste de aptidão física para o Batalhão da Polícia de Choque da PM da Bahia.
O soldado Luciano Fiuza de
Santana, 29, morreu na noite de ontem no Hospital Aeroporto, em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador, segundo informação da Polícia Militar.
Na noite de terça-feira, no mesmo hospital, morreu outro soldado: Manoel dos Reis Freiras Júnior, 34. A causa das mortes não foi divulgada.
Ao todo, quatro candidatos sentiram mal-estar durante uma corrida de dez quilômetros. Até a tarde de ontem, o tenente Joserrise Mesquita de Barros Nascimento, 30, seguia em estado grave no Hospital São Rafael.
Paulo David Capinam da Silva Pedro, 26, tinha previsão de alta para ontem.
O teste físico para ingressar no Curso de Operações Policiais Especais tem três etapas, porém, segundo a PM, só a corrida foi realizada na manhã de segunda-feira, na área externa do batalhão, em Lauro de Freitas.
Os 67 candidatos correram de coturno e calça de farda. Segundo a PM, alguns deles sentiram náuseas e foram socorridos pelo serviço médico.
O presidente da Aspra (associação de policiais e bombeiros do Estado), Marco Prisco, questiona a maneira como o teste é feito.
"Levam o policial ao extremo do esforço físico e não tem uma ambulância UTI para atendê-los", afirma.
Prisco diz que entrará com uma representação no Ministério Público contra a forma como o teste é aplicado.
A PM informou que os candidatos foram submetidos, por força de edital, a exames laboratoriais, cardiorrespiratórios e físicos, além de apresentarem laudo médico atestando capacidade física para atividades de alto impacto.
Informou ainda que havia uma ambulância para o atendimento pré-hospitalar, além de água mineral durante a prova e tempo para aquecimento e alongamento.
Segundo a PM, "até o momento não há evidências" de que foi a natureza da prova a razão do mal-estar, e por isso não pretende mudar o teste.
O comando instaurou um inquérito para investigar as causas do ocorrido. O Ministério Público vai acompanhar a investigação.
Reprodução Cidade News Itaú
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