O advogado Samuel Vilar, que defende o soldado Iraquitan Quirino de Souza, de 29 anos, suspeito de incendiar cinco veículos do batalhão
do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte de Pau dos Ferros nesta segunda-feira (16), confirmou que o militar já havia tido surtos outras vezes, sendo essa a primeira vez que isso aconteceu desde que ele ingressou na corporação. O advogado esteve na manhã desta terça-feira (17) na sede do comando do Corpo de Bombeiros, no bairro de Lagoa Seca, em Natal. De acordo com Samuel, o militar está internado em um hospital da capital potiguar. O advogado afirma que existe um atestado que comprova que seu cliente tem problemas psicológicos.
"Ele está internado em um hospital daqui de Natal. Temos um atestado que comprova que ele tem problemas psicológicos. Existe também um histórico familiar de problemas semelhantes", disse o advogado.
Segundo a defesa, o soldado disse que não lembra do que aconteceu desde a hora do incêndio até o momento em que veio para Natal. "Sobre o incidente, ele me disse que não faz ideia do que aconteceu. Ele não lembra de nada desde momentos antes do incêndio até a hora em que chegou na casa de amigos e depois de uma tia aqui em Natal", explicou Vilar.
O advogado afirmou que embora seu cliente já tenha histórico de problemas psicológicos, foi a primeira vez que ele terve um surto desde que entrou na corporação, em 2012. Ele falou ainda que o soldado reclamou que sofria muita pressão quando estava em Pau dos Ferros.
"Foi a primeira vez que ele surtou desde que entrou na corporação, mas já havia tido problemas semelhantes outras vezes. Ele disse que sofria muita pressão no batalhão", contou o advogado.
Conselho Regional de Psicologia emite nota sobre o caso
O Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Norte divulgou uma nota em que fala sobre a aplicação e aplicabilidade da avaliação psicológica. Segundo a nota assinada pelo conselheiro presidente do CRP/RN, Rodrigo Costa de Oliveira, "como comportamento humano é resultado de uma complexa teia de dimensões inter-relacionadas que interagem para produzi-lo, é praticamente impossível entender e considerar todas as nuances e relações a ponto de prevê-lo deterministicamente. As avaliações têm um limite em relação ao que é possível entender e prever. É recomendável que as avaliações psicológicas sejam realizadas periodicamente".
Reprodução Cidade News Itaú
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