O vice-presidente de pessoa jurídica da Caixa Econômica Federal, Geddel Vieira Lima (PMDB), foi exonerado pela presidente Dilma Rousseff. O decreto foi publicado na edição
desta sexta-feira (27) no "Diário Oficial" da União.
Ontem, Geddel fez um apelo direto pelo Twitter à presidente para que fosse publicado seu pedido de exoneração. "Cara Presidenta Dilma, por gentileza, determine publicação minha exoneração função q ocupo, e cujo pedido ja se encontra nas mãos de V Excia (sic)".
O episódio causou constrangimento ao Planalto, mas mais ainda ao vice de Dilma, Michel Temer (PMDB), padrinho de Geddel no governo. A presidente ficou irritada com a cobrança, pois aguardava sinal de Temer para executar a demissão.
Ele teria recebido carta de Geddel sobre a demissão há alguns meses, mas só em dezembro mostrou-a a Dilma. Para o Planalto, a cúpula peemedebista não teve controle do processo político num Estado relevante nem poder sobre um filiado, o que enfraquece Temer e o PMDB em negociações locais com o PT.
O cargo de vice-presidente da Caixa Econômica é de confiança, o que faz com que a exoneração dependa exclusivamente de um despacho da presidente da República. Geddel deve enfrentar o PT em 2014 na disputa pelo governo da Bahia.
Um dos aliados mais próximos ao vice-presidente Michel Temer (PMDB), Geddel foi ministro da Integração Nacional do governo Lula entre 2007 e 2010, quando deixou o cargo para disputar o governo da Bahia pela primeira vez.
OPOSIÇÃO
Enfrentou nas urnas o governador Jaques Wagner (PT), que acabou sendo reeleito no primeiro turno. Na ocasião, apoiou a eleição da presidente Dilma Rousseff -só que Dilma e o então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, apoiaram abertamente o candidato petista ao governo baiano.
Em 2012, Geddel aliou-se localmente ao prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), sendo peça fundamental para a vitória dele no segundo turno das eleições para a prefeitura.
Desde então, o peemdebista negocia com DEM e PSDB a formação de uma chapa única para enfrentar Rui Costa (PT), candidato ao governo de Jaques Wagner. O peemedebista também admite que deverá apoiar um dos candidatos da oposição à Presidência.
Reprodução Cidade News Itaú
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