Um terremoto de magnitude 5,6 atingiu a região onde o Irã tem uma usina nuclear, nesta quinta-feira (28), segundo o Serviço Geológico
dos EUA.
O tremor ocorreu às 17h21 locais (12h21 de Brasília), a 60 quilômetros a nordeste de Bushehr, onde fica a central, e a uma profundidade de 16,4 quilômetros.
O terremoto deixou oito mortos e 190 feridos, incluindo 60 que foram hospitalizados, revelou a agência oficial Isna, citando as autoridades provinciais.
No total, mais de 250 'residências e lojas' foram destruídas pelo terremoto, segundo a imprensa local.
'O terremoto não provocou qualquer problema nas atividades de Bouchehr', afirmou o assessor de imprensa da central nuclear, citado pela TV estatal.
Equipes de socorro foram enviadas para as cidades e aldeias afetadas, disse o governador de Bushehr. Helicópteros serão enviados na sexta-feira para avaliar os danos, informou a agência de notícias Fars.
O porta-voz do Crescente Vermelho, Hossein Derakhshan, disse que algumas casas foram danificadas porque não foram construídas para resistir a terremotos, de acordo com a agência de notícias Isna.
O tremor foi sentido na Arábia Saudita, do outro lado do Golfo Pérsico, segundo relatos nas redes sociais.
Situada entre diversas falhas sísmicas de grande importância, a República Islâmica do Irã já foi atingida diversas vezes por terremotos devastadores.
Em abril, o sudeste do país foi sacudido por um forte tremor de 7,8 na escala Richter, matando uma pessoa no Irã e 40 no vizinho Paquistão. Foi o terremoto mais forte a atingir o país desde 1957.
O terremoto mais violento dos últimos tempos deixou, em dezembro de 2003, 26.000 mortos na cidade de Bam (sul). Em agosto de 2012, dois fortes tremores deixaram 306 mortos perto da cidade de Tabriz, noroeste do Irã.
Os países árabes do Golfo já se questionaram diversas vezes sobre a credibilidade da central de Bouchehr e os riscos de poluição radioativa em eventuais acidentes ou terremotos de grande magnitude. Mesmo assim, Irã e Rússia - que terminou a construção das instalações - continuam afirmando que a central respeita as normas internacionais e está sob o controle da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Reprodução Cidade News Itaú
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