O motorista suspeito de dirigir o carro que atropelou e matou a estudante universitária Rafaela Pinheiro Leite no sábado (9) em Natal tem 17 anos. O adolescente se
apresentou à polícia na manhã desta quarta (13) acompanhado do pai e do advogado. Ele deve ser liberado após prestar depoimento ao delegado Sérgio Leocádio, da Delegacia Especializada em Acidentes de Veículos (Deav). No momento da chegada na delegacia, o pai do suspeito tentou tomar a câmera da repórter do G1 que acompanhava o caso e a empurrou.
A cearense Rafaela Pinheiro estava na garupa da moto pilotada pelo namorado Igor Vieira Matias. Os dois foram atingidos na traseira pelo carro na avenida Romualdo Galvão. Rafaela morreu na hora.
Segundo o advogado do adolescente, Paulo Lopo Saraiva, o condutor alega que a culpa do acidente foi de Igor Vieira Matias, que também é universitário e namorado de Rafaela, e pilotava a motocicleta no momento do acidente. De acordo com o advogado, o adolescente diz que a moto saiu de um lugar errado (na versão dele, Igor teria atravessado o canteiro central da avenida), mas não sabe precisar de onde foi. "A moto saiu de um lugar de onde não podia, mas não podemos precisar de onde ela vinha. A culpa do acidente é do condutor da motocicleta", disse Saraiva.
No início da semana, Igor Matias procurou o G1 para contestar a versão relatada por testemunhas ao Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE). Ele nega que tenha passado por cima do canteiro central da avenida para fazer um retorno indevido. Igor contou que em nenhum momento atravessou o canteiro para pegar o sentido oposto da avenida.
"Saí do condomínio com minha namorada para a Via Costeira, onde ia levar ela para andar de patins. Peguei a faixa da esquerda e estava com uma velocidade de 40 quilômetros por hora. Andei por uns 30 metros quando de repente senti uma pancada na traseira da moto. Cai no outro lado da pista, na contramão, e minha namorada caiu no canteiro", relatou o estudante.
Igor e Rafaela são naturais da cidade de Crato, no Ceará. Ele estuda engenharia civil na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e ela cursava direito na mesma universidade.
Reprodução Cidade News Itaú
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