A insatisfação com o Governo do
Estado pode até existir, assim como a falta de dialogo e de agilidade. Contudo,
é bem verdade que há uma relação direta entre a saída dos partidos da base
aliada de Rosalba
Ciarlini e a antecipação da discussão sobre as eleições do
próximo ano. Por isso, na manhã de hoje, no colégio estadual Atheneu, a
governadora não poupou de críticas a aqueles que, em 2013, já começam a cogitar
as “chapas” e se preparar para 2014, colocando o Governo – e o Rio Grande do
Norte – em “segundo plano”.
Afinal, a falta de diálogo,
segundo Rosalba Ciarlini, não é um problema do Governo do Estado. “Na realidade, nós dialogamos, nós
solicitamos, nós precisamos do apoio. Infelizmente, nós temos tido uma
dificuldade imensa com essas receitas que caíram, principalmente em função de
algumas medidas que foram tomadas em nível federal. E muitas vezes a resposta
para o que eles estavam reivindicando não chegou na velocidade que eles
desejam”, comentou a governadora.
O comentário vai de encontro ao
que justificou o deputado federal e presidente estadual do PR, João Maia, na
última sexta-feira, ao oficializar a saída da sigla da base aliada do Governo.
Segundo o líder partidário, o Governo Rosalba Ciarlini “se fechou, é muito
desconfiado, que não conversa com ninguém. E não é a toa que foi perdendo o
PMDB, foi perdendo os partidos”. Essa análise, por sinal, também justificou os
rompimentos do PMDB, do presidente da Câmara dos Deputados e estadual do PMDB,
Henrique Eduardo Alves; e do deputado estadual Ricardo Motta, líder do PROS no
RN e presidente da Assembleia Legislativa.
Porém, ao anunciar o
rompimento, João Maia também noticiou que o Partido da República começou, na
sexta-feira, a se preparar para as eleições de 2014. Vai pensar num projeto e
conversar com os aliados, que já trabalham pensando nas próximas eleições. “Sou
uma pessoa de grupo. Eu converso com o PMDB, converso com Ricardo Motta. Não
queria tomar uma decisão independente de grupo”, afirmou João Maia ao confirmar
a antecipação do debate sobre as eleições.
O problema é que, para Rosalba,
essa antecipação é, justamente, um equívoco daqueles que deixam o Governo em
“segundo plano”. “A hora agora é de trabalho. É cuidar das questões do nosso
Estado. A hora de discutir questões de política é no momento das eleições.
Nossos políticos poderiam gastar mais energia, exatamente, nos ajudando a
realizar mais pelo nosso Estado”, afirmou a governadora em entrevista aO Jornal
de Hoje pela manhã, quando deu a ordem de serviço para a reforma do colégio
Atheneu mas, antes, teve que enfrentar a insatisfação e cobranças de alguns
estudantes (leia mais na página 6).
“O que eu peço, independente de
partido, politicamente instalado ou não comigo, é que todos dêem as mãos para
que a gente possa conseguir mais para o Rio Grande do Norte. Que todos eles
fortaleçam as nossas reivindicações em nível federal para que o Rio Grande do
Norte ganhe obras e ações que são importantes”, acrescentou Rosalba.
A governadora também, como já
tem feito rotineiramente, negou que houvesse qualquer decisão sobre o fato dela
ser ou não candidata a reeleição no próximo ano. “Olha, a minha preocupação é
com o trabalho. É com o RN Sustentável, que está começando, é com os programas
do Proinveste, é com a recuperação das escolas, com a preparação de outras
ações que nós já estamos começando. Questão de eleição será tratada no momento
da eleição”, afirmou.
Reprodução Cidade News Itaú
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