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terça-feira, novembro 19, 2013

Natal não concluirá Plano Municipal de Saneamento dentro no prazo

Contrato para elaboração do Plano foi assinado esta manhãpelo prefeito. Caso não seja concluído, Natal pode perder recursos federais. Foto: José AldenirA Prefeitura de Natal tem até o dia 31 de dezembro deste ano para concluir o Plano Municipal de Saneamento Básico, já que o Decreto do Governo Federal, de número 7.217, determina que, a
partir de janeiro de 2014, os municípios sem este plano não teriam acesso a verbas da União e nem a financiamentos de instituições financeiras da administração pública federal, destinados ao saneamento básico. No entanto, o município não conseguirá cumprir o prazo estabelecido pelo Ministério das Cidades e poderá ficar sem poder pleitear novos recursos do Governo Federal durante o próximo ano. Na manhã de hoje (19), o prefeito de Natal, Carlos Eduardo, assinou o contrato com a empresa Smart Consultoria para a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico de Natal (PMSBN), que só deve ficar pronto no final do próximo ano.

O Plano Municipal de Saneamento Básico de Natal é o instrumento que definirá os programas e ações a serem implementadas nos próximos anos na área, além de estabelecer a Política Municipal de Saneamento Básico da cidade.  O investimento será de aproximadamente, R$ 940 mil, numa operação de crédito com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), reativando antigo contrato assinado desde 2008 com a Caixa Econômica Federal, paralisado por falta de ação do próprio município, sendo viabilizado somente agora, cinco anos depois. A empresa Start Consultoria ficará responsável pela execução do estudo que terá um prazo de 12 meses para ser finalizado.

O plano deve ser desenvolvido com base em quatro parâmetros: água, esgoto, resíduos sólidos e drenagem, que devem funcionar de forma integrada para dar a verdadeira ideia de planejar saneamento dentro de todo o município, envolvendo zona Rural e Urbana. O secretário adjunto de Habitação, Regulação Fundiária e Projetos Estruturantes e coordenador do Conselho Executivo para Elaboração do Plano Municipal de Saneamento, Albert Josuá Neto, explicou que em 2008, na gestão passada do prefeito Carlos Eduardo, o prefeito contratou, junto a Caixa Econômica Federal, uma operação de crédito em pouco mais de R$ 1 milhão para realizar o Plano.

O coordenador executivo para Elaboração do Plano Municipal de Saneamento disse que os contratos principais do Município serão assinados até o dia 31 de dezembro para garantir a liberação dos recursos, como é o caso do saneamento integrado dos bairros de Lagoa Azul e Nossa Senhora da Apresentação, na zona Norte de Natal. “Podemos ficar sem receber recursos a partir do próximo ano, de acordo com o que diz o decreto, mas esperamos que os municípios que tem projetos em andamento possam sensibilizar o Ministério para garantir a liberação dos novos recursos”, destacou Josuá Neto.

Os pesquisadores irão trabalhar nos seguintes eixos: Diagnóstico, numa visão sistêmica, a partir de uma caracterização geral do município; Prognósticos e Alternativas, analisando a viabilidade econômica para reuso de efluentes, os Modelos de Gestão dos serviços e de Regulação e Fiscalização da prestação dos serviços de saneamento básico, além da Análise da viabilidade técnica econômico-financeira do padrão adotado, dentre outros; Programas, Projetos e Ações para emergência e contingência, envolvendo planejamento de riscos para garantia da segurança da água e o atendimento e operação em situações críticas. Todo esse trabalho servirá de subsídio para a elaboração de um Sistema de Informações Integradas de Saneamento Básico de Natal – SISBN.

“Não podemos pensar mais de forma isolada, pois os quatro eixos estão entrelaçados. Hoje, há informações isoladas, e o plano nos dará uma visão sistêmica do saneamento básico de Natal. Além disso, é necessário que pensemos Natal como uma metrópole e não apenas o município sozinho, pois no caso do abastecimento de água temos uma relação com Parnamirim e Macaíba (Rio Pitimbu) e Extremoz e com Ceará-Mirim em relação aos resíduos sólidos”, explicou.

O Plano abrange um diagnóstico da prestação dos serviços e das condições de saúde, salubridade e meio ambiente e a definição dos programas e ações, entre outras diretrizes. Os dois instrumentos, instituídos pela Lei nº 11.445/2007 – marco regulatório do saneamento no Brasil – são os instrumentos centrais da gestão dos serviços e serão elaborados com participação social, por meio de mecanismos que garantam à sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação.

“Além disso, o plano nos apresentará um estudo para reuso dos efluentes, bem como um estudo que nos dará condições de avaliar se o atual modelo de concessão com a Caern é o melhor ou se existem outras alternativas. O município precisa conhecer os dados de abastecimento de água e esgoto. A partir do plano, poderemos fazer uma projeção das demandas dos serviços de saneamento básico, nas quatro variantes, como abastecimento de água, esgotamento sanitário, resíduos sólidos e drenagem urbana”, explicou Josuá Neto. O Município de Natal já dispõe de um Plano de Gestão para Resíduos Sólidos e um Plano Diretor de Drenagem Urbana.

Reprodução Cidade News Itaú

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