Morreu, aos 92 anos, o ator Jorge Dória, na tarde desta quarta-feira (6). Ele estava internado desde 27 de setembro, no Centro de Terapia
Intensiva do Hospital Barra D´Or, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, ele morreu após complicações cardiorrespiratórias e renais.
Em 2005, Jorge Dória se afastou dos palcos e da TV por problemas de saúde, decorrentes de um acidente vascular cerebral. Seu último papel foi no humorístico “Zorra Total”, da TV Globo.
Início nos anos 1940
Dória iniciou sua carreira artística na década de 40. De acordo com o depoimento que deu ao Memória Globo, em 2002, sua estreia no cinema foi no melodrama “Mãe”, de 1947, do radialista Teófilo Barros. Com uma carreira que inclui mais de 80 participações em filmes, teatro, novelas e seriados, o ator se destacou na comédia, na primeira montagem de “A gaiola das loucas”, de 1974, baseado no texto do autor francês Jean Poiret. Na TV, o ator iniciou a carreira em 1970, na extinta TV Tupi. Três anos depois fez sua estreia na TV Globo na primeira versão da “Grande família”, interpretando o funcionário público Lineu, atualmente vivido por Marco Nanini.
Homenagem exibida pelo programa “Vídeo Show”, em 2010, mostrou que Dória foi o Ambrósio de “O noviço”, seu primeiro personagem em novelas na Globo, em 1975. Em 1978, foi o protagonista de “O pulo do gato”. Era o playboy decadente e mulherengo Bubi Mariano, famoso por frases como “Marilyn Monroe, nós saímos algumas vezes”. Outro personagem que marcou a carreira do ator foi o Conselheiro Vanoli, da novela “Que rei sou eu?”, de 1989. No ano seguinte, fez “Meu bem meu mal”. A interpretação lhe rendeu o prêmio de melhor ator pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Dória participou das novelas “Deus nos acuda”, “Era uma vez”, “Olho no olho”, “Zazá” e “Suave veneno”. Por conta da fama de se dar bem em comédias, foi convidado para participações especiais nos seriados “Sai de baixo” (1998) e “Os normais” (2001), quando viveu o pai de Rui (Luiz Fernando Guimarães).
No teatro, teve destaque em “Procura-se uma Rosa”, na década de 60. A peça era escrita por Vinicius de Moraes, Pedro Bloch e Gláucio Gill, com direção de Léo Jusi. Nos anos 70, ficou conhecido por produzir suas peças (como “Freud explica, explica” e “O senhor é quem?”).
A década seguinte no teatro foi marcada por parcerias com o diretor Domingos de Oliveira. Juntos, fizeram “Escola de mulheres” (1984), "A morte do caixeiro viajante" (1986) e "Os prazeres da vida segundo Jorge Dória". Estrelou também “Belas figuras” (1983), de Ziraldo, e “A presidenta” (1988).
A carreira no cinema foi além de sua estreia em 1947. No ano seguinte, trabalhou em "Inconfidência mineira", dirigido por Carmen Santos. A filmografia de Dória tem ainda longas como “O homem do ano” (2003), “Traição” (1998), “A dama do Cine Shanghai” (1987), “Pedro Mico” (1985), “O sequestro” (1981), “Perdoa-me por me traíres (1980), “Assim era a pornanchanchada” (1978), “As secretárias... que fazem de tudo” (1975), entre outros.
Em “A dama do lotação” (1978), viveu Dr. Alexandre, sogro de Solange (Sônia Braga), casada com Carlos (Nuno Leal Maia).Dória iniciou sua carreira artística na década de 40. De acordo com o depoimento que deu ao Memória Globo, em 2002, sua estreia no cinema foi no melodrama "Mãe", de 1947, do radialista Teófilo Barros. Com uma carreira que inclui cerca de 80 participações em filmes, teatro, novelas e seriados, o ator se destacou na comédia, com personagens como o homossexual George, na primeira montagem de “A Gaiola das Loucas”.
Na TV, o ator iniciou a carreira em 1970, na extinta TV Tupi. Três anos depois estrelou na TV Globo a primeira versão da “Grande Família”, interpretando o funcionário público Lineu, atualmente vivido por Marco Nanini. Um dos personagens que marcou a carreira do artista foi o Conselheiro Vanoli, da novela “Que Rei Sou Eu?”, de 1989. A interpretação lhe rendeu o prêmio de melhor ator pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Dória também participou das novelas “Meu bem, meu mal”, “Era uma vez”, “Zazá” e “Suave Veneno”, entre ouras. No "Zorra Total", interpretava Maurição, pai machista de Alfredinho (Lúcio Mauro Filho). Seu bordão era “Mas onde foi que eu errei?”, em alusão ao fato de o filho se vestir de mulher, chamá-lo de “papi” e usar várias gírias faladas por gays.
Reprodução Cidade News Itaú
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