Governo estadual deve pagar terço de hora-atividade para 1.300 professores

Os 1.300 professores que tiveram seus salários descontados em nome do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (Sinte/RN) receberão o valor

relativo ao terço de hora-atividade de forma integral até o dia 12 deste mês. Segundo o sindicato, o desconto foi precipitado e irregular. 

De acordo com informações, o que de fato aconteceu foi à cobrança antecipada pelo Governo do valor total dos honorários advocatícios, que seriam descontados à medida que as parcelas do terço da hora-atividade fossem pagas. Além disso, os professores ressaltam que o valor pago pelas horas suplementares não contempla o equivalente do terço de hora-atividade, reivindicado pela categoria. 

A coordenadora-geral do Sinte-RN, Fátima Cardoso, informou que não haverá mais descontos ou devoluções do dinheiro recebido a título de carga suplementar. A informação foi repassada à direção do Sindicato na manhã de ontem em reunião com a coordenadora de recursos humanos da Secretaria Estadual de Educação e da Cultura (Seec). 

De acordo com informações do Sinte-RN, a origem deste desconto irregular foi uma informação distorcida repassada pela ex-coordenadora de recursos humanos da Seec, Ivonete Bezerra, à nova coordenadoria. 

Para Fátima Cardoso, a informação incorreta pode ter sido fruto de perseguição política para com os trabalhadores. "Temos sérias desconfianças de que esse erro não ocorreu gratuitamente, uma vez que essa senhora sempre se comportou como ferrenha opositora de todas as conquistas da categoria, enquanto esteve à frente da coordenação", ressaltou a sindicalista. 

O Sinte-RN destacou a disposição da nova coordenação em corrigir a falha. A previsão é que o pagamento seja feito até o próximo dia 12, de acordo com o coordenador da folha de pagamento da Secretaria de Administração. 

Segundo a assessoria de comunicação do sindicato, o desconto nos salários dos servidores em nome do Sinte/RN gerou bastante constrangimento para o sindicato, uma vez que muitos trabalhadores se sentiram prejudicados pela atitude e outros se voltaram contra a entidade. 

"(...) esse sindicato não se dobra nem se dobrará a esse tipo de golpe, bem como nos manteremos sempre zelosos no que diz respeito ao zelo com o dinheiro dos filiados e aos princípios éticos que tanto defendemos para a sociedade", concluiu Fátima Cardoso.

Reprodução Cidade News Itaú