O incidente ocorrido nas dependências da Secretaria Municipal de Saúde na última terça (19/11) chocou a população apodiense, assim como o poder
executivo. O fato gerou uma série de especulações mal fundamentadas sobre os motivos que levaram Gilson de Lima Menezes a cometer o ato de destruição ao patrimônio público e infelizmente, à própria integridade física.
Diante do fato lastimável, a Prefeitura de Apodi, através do CAPS I e da Secretaria de Saúde quer levar ao conhecimento da população qual o diagnóstico psicológico e psiquiátrico do usuário Gilson Menezes (46 anos) e como ele está sendo acolhido no CAPS I durante este ano de 2013.
Com base no diagnóstico psiquiátrico, Gilson Menezes apresenta transtorno bipolar e esquizofrenia, cuja medicação recomendada para controlar as variações de humor, acessos de agressividade e surto psicótico são os seguintes: carbamazepina, clomipramina e clonazepan.
Os medicamentos citados foram disponibilizados ao usuário durante todos os meses deste ano, conforme atesta o Cartão de Controle de Medicamento da farmácia do CAPS I que está assinada por Gilson Menezes, comprovando que ele mesmo recebeu os medicamentos; com isso, a declaração feita por Gilson Menezes de não ter recebido o medicamento nos últimos meses e muito divulgada na internet revela-se uma inverdade.
Rafaela Azuzzy, psicóloga e coordenadora do CAPS I, acrescentou que um dos medicamentos (clonazepan) não estava disponível na farmácia do CAPS I por motivos licitatórios, mas conversou com Gilson Menezes e disponibilizou o medicamento através da farmácia de manipulação. a psicóloga também mostrou a Ficha de Evolução do usuário, comprovando que ele teve acompanhamento médico durante todos os meses deste ano, com última consulta registrada no dia 13 deste mês (novembro) e que o mesmo recebeu encaminhamento para realização de exames no dia 14.
Em outros momentos, Gilson Menezes já ameaçou atear fogo em lugares públicos. E essa mudança brusca de humor é uma das características de uma pessoa bipolar. “O usuário recebe toda a nossa atenção aqui no CAPS I; entretanto, a ausência de acompanhamento da família (que não mora em Apodi) dificulta e impede a evolução do quadro psiquiátrico dele. No grupo de homens, ele não interage, não participa da terapia e, devido à bipolaridade, uma hora ele quer lhe ajudar e fazer o bem e noutra ele quer lhe queimar com fogo”, explicou Rafaela.
A equipe do CAPS I está disponível a prestar os esclarecimentos sobre os cuidados com todos os usuários do Centro e lamenta o incidente desastroso e danoso, principalmente ao próprio Gilson Menezes que sofreu queimaduras de 3º grau e está no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Walfredo Gurgel (HWG) em Natal-RN. Conforme orientações da psiquiatra Dra. Micheline Abrantes, o CAPS I entrou em contato com profissionais do HWG e está acompanhando o caso do paciente.
Na manhã de ontem (20/11), o prefeito Flaviano Monteiro e o vice José Maria acompanhado do vereador Genivan Varela e do secretário Samuel Nogueira estiveram no CAPS I e conversaram com Rafaela Azuzzy sobre o incidente ocorrido e sobre as providências que podem ser tomadas para melhorar ainda mais o Centro. Durante a tarde, o prefeito realizou uma reunião com a equipe do CAPS I e a equipe de administração da Secretaria de Saúde para tomar algumas medidas cabíveis e eficazes.
Reprodução Cidade News Itaú via Prefeitura de Apodi/Cassinho Morais
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