Um bebê de um mês e quinze dias está há duas semanas internado na UTI do Hospital Pediátrico Maria Alice Fernandes, na zona Norte de
Natal, vítima de uma parada cardíaca provocada por uma crise de abstinência de drogas. Segundo a médica pediatra Tatiana Neves, a saúde da criança foi gravemente afetada porque a mãe, usuária de crack, consumiu substâncias químicas durante toda a gravidez. "Ele apresenta quadro de convulsões e ainda inspira cuidados", afirmou.
De acordo com Sheila da Costa Azevedo, coordenadora da Casa de Passagem I, o menino foi abandonado ao nascer em um parto normal no município de Nova Cruz, a 93 quilômetros da capital. O bebê foi colocado sob responsabilidade do abrigo a pedido do Ministério Público Estadual. “Foi um acolhimento compulsório. A mãe é usuária de crack, consumiu substâncias químicas na gravidez e não fez pré-natal. Pelas complicações na saúde, ele foi direto para o Hospital de Pediatria da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e passou 12 dias internado”, relata.
Ao deixar o hospital para a Casa de Passagem I, o bebê tinha a saúde estável e aparentava estar bem. “O único cuidado era com o refluxo. Quando tomava leite, a criança sentia dificuldade de engolir”, conta Sheila. No entanto, há 15 dias o bebê sofreu uma parada cardíaca no abrigo, sendo socorrido para o Pronto-Socorro Infantil Sandra Celeste e transferido depois para o Hospital Pediátrico Maria Alice Fernandes, ambos em Natal.
No hospital, foram mais duas paradas cardíacas. A médica Tatiana Neves explica que a criança tem um quadro de convulsões de difícil controle, irritabilidade e abalos musculares. A equipe médica também suspeita que o bebê tenha sofrido uma hemorragia cerebral, o que deve ser confirmado após uma ressonância magnética.
Sheila da Costa, da Casa de Passagem I, conta que a mãe procurou a criança duas vezes. “Ela visitou o bebê na unidade de acolhimento. Após a internação também aconteceu uma visita ao Maria Alice Fernandes, onde não possível vê-lo. O bebê estava tendo uma convulsão na hora”, ressalta. Além do bebê internado, a mãe tem outros dois filhos, que moram com a avó. “Não estamos conseguindo contato com a família”, diz a coordenadora da Casa de Passagem I.
Reprodução Cidade News Itaú
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