Pouca chuva ou baixo nível de água nos reservatórios das hidrelétricas poderá custar caro aos consumidores de energia elétrica a partir de janeiro de 2014. Isso porque a Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) começará a cobrar o consumo a partir da classificação do sistema de bandeiras tarifárias. Por causa da seca, este ano foi necessário ligar as termelétricas, que são mais caras para o governo. A partir de 2014, se ligadas novamente, seja pelo baixo nível da água, seja pelo alto consumo de energia, a conta será dividida entre os consumidores da região que apresentar o gasto excessivo com energia.
De acordo com a Aneel, a aplicação das bandeiras será realizada conforme os valores do Custo Marginal de Operação (CMO) e do Encargo de Serviço de Sistema por Segurança Energética de cada subsistema das regiões brasileiras. Se o operador nacional do sistema elétrico identificar que houve consumo elevado, será emitido um aviso para as distribuidoras de energia e todos os consumidores daquela região pagarão o valor de acordo com a cor da bandeira. Se for verde, não haverá alteração. Mas se for amarela, o acréscimo é de R$ 1,50 a cada 100 kWh consumidos. Se for vermelha, o valor sobe para R$ 3 a cada 100 kWh.
O novo sistema está sendo divulgado pelas distribuidoras de energia desde maio, mas, ainda assim, muitos consumidores não sabem da mudança. A Aneel alerta quanto ao desperdício, pois, quanto maior o consumo, maior será a necessidade de ligar a termelétrica e, assim, repassar o valor do custo para os consumidores. A depender do consumo, o valor da conta poderá sofrer aumento todo mês, já que a bandeira tende a ficar vermelha nos períodos de seca, quando os reservatórios das usinas ficam mais vazios.
Reprodução Cidade News Itaú via Expresso da Notícia/Serrinha de Fato
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