A namorada de Emerson Couto, de 32 anos, lutador profissional de MMA que morreu na tarde deste domingo (10) ao escorregar e cair
de uma altura de aproximadamente 30 metros em uma cachoeira às margens da Rodovia dos Imigrantes, em Cubatão (SP), está desolada e ainda tenta entender o que aconteceu.
C.C., de 46 anos, prefere não ter o nome divulgado, mas conta com detalhes o que passou durante o passeio que acabou se tornado uma tragédia pessoal. O casal, residente em São Bernardo do Campo, estava acompanhado dos dois filhos menores da mulher, frutos de outro relacionamento. “Estava tudo bem, ele estava sentado em uma pedra, com a água batendo nas costas, e eu tirei várias fotos com o celular, de um ponto mais alto. Em determinado momento, levei meus filhos para o carro, quando voltei, ele havia desaparecido", lembra.
A partir desse momento, começou o desespero e a procura pelo namorado. "Havia várias pessoas no local, mas ninguém sabia o que tinha acontecido, pensei que ele podia ter entrado na mata. Em poucos minutos já liguei para o resgate e todos começaram a procurar, até que alguém disse que havia alguma coisa lá embaixo, na água. Um grupo apareceu no local, vindo de alguma trilha, viu que tinha alguém nas pedras e o levou para a margem. Depois chegaram os bombeiros, que desceram e o resgataram, mas já era tarde. Outras pessoas também ajudaram, um rapaz desceu até o local sem equipamento, foi um anjo que apareceu", diz.
A cachoeira fica perto do Km 49 da pista de serviço da Rodovia dos Imigrantes e é muito frequentada por turistas e moradores da região. A mulher explica que não é a primeira vez que o namorado visitava o local. "Ele me disse que já tinha ido outras vezes nessa cachoeira, mas era a minha primeira vez lá", lembra.
Emerson Couto lutava profissionalmente MMA, disputava vários eventos pelo Brasil, mas segundo a namorada, estava há algum tempo afastado por conta de lesões. "Ele estava com um problema na coluna, uma hérnia, estava em tratamento para poder voltar a lutar. Era a profissão dele, não tinha outro trabalho", explica.
O corpo de Emerson foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Santos, no litoral paulista, e ainda não foi liberado para velório e enterro, o que aumenta ainda mais a agonia da companheira, que agora prefere guardar as boas lembranças dos quatro anos que conviveu com o lutador. "Ele era um amor de pessoa, muito tranquilo, emotivo, tinha muitos amigos e era querido. Agora eu não tenho mais coração, perdi o amor da minha vida, acabou tudo", lamenta.
Reprodução Cidade News Itaú
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!