Sindicalistas, imprensa, servidores públicos, estavam todos
presentes na seção que era vista com muita expectativa na tarde de sexta-feira (18) na Câmara Municipal de Itaú-RN.
Iniciada por volta das 17:30h logo passou-se para o
expediente do dia com a leitura do Projeto de Lei do executivo 07/2013, pelo Primeiro Secretário, Márcio Lima, referente ao pedido de parcelamento de débitos do município de Itaú-RN do
Regime Próprio de Previdência Social pelo Poder (RPPS).
O projeto encaminhado a Casa Legislativa pedia o
parcelamento em 240 meses do débito relativo a contribuição patronal, bem como
ainda, o parcelamento em até 60 meses dos valores descontados dos segurados
ativos, aposentado e pensionistas e ainda o parcelamento dos débitos não
decorrentes de contribuições previdenciárias em até 60 meses, o que não foi
aceito pelos vereadores que resolveram através da assessoria jurídica da casa
fazer algumas emendas no referido projeto de Lei, visando uma solução, onde a
dívida não viesse prejudicar os futuros gestores.
O Assessor Jurídico da Casa, Jansen Leite, explicou de forma
mais clara o que o projeto pedia e as medidas que seriam tomadas pelos
vereadores, para tentar abrandar a situação. Jansen classificou o fato, como um
“grande tumulto” que foi gerado na cidade em função do projeto de lei que foi
apresentado, continuando explicando antes, a diferença entre portaria e lei. A
portaria, de acordo com Jansen, não tem validade de Lei, ou seja, a Lei se
sobrepõe as portarias.
De maneira clara Jansen conseguiu explicar aos sindicalistas
e servidores as decisões que seriam tomadas pelos vereadores que não viessem
prejudicar o município futuramente, resolvendo através de emendas a
possibilidade de parcelamento, sendo pago a parte patronal até o final do mês
de outubro, 2013, e a partir de novembro serão pagos os parcelamentos feitos em
36 meses, cabíveis a prefeitura, corrigido mensalmente como demanda a lei.
O assessor ainda tentou explicar uma das possíveis causa, ou
a principal dela, pela qual o município, ou o atual gestor, não teve condições
de repassar os valores ao RPPS.
Estavam em aberto parcelas que não foram repassadas do RPPS
que foram retiradas dos servidores e que a prefeitura deixou de pagar as partes
do patronal dos meses de novembro, dezembro e o décimo terceiro. Com o valor em
aberto, foi discutido na câmara municipal no mês de março/2013 (relembre
aqui) o crime previdenciário que ocorreu na gestão passada, entendo como
duas situações de crimes: à apropriação indébita e o de improbidade
administrativa, quando a gestão passada transmitiu para a gestão atual débitos
que não deveriam ter deixado. Concluindo que o problema foi da gestão passada
dizendo que o atual prefeito em um ato de bom coração, preferiu resolver os
problemas do município para não ser penalizado, causando prejuízos em sua
administração com a queda do FPM, não havendo recursos suficientes para quitar
as despesas, pedindo o parcelamento dos débitos.
Ainda de acordo com Jansen o valor devido pelo poder
executivo referente ao patronal corresponde a R$ 106.813,56 e R$ 97.749,48
recolhidos nos contracheques e não repassados ao RPPS.
A solução foi parcelar o Patronal em 36 meses, a começar no
próximo mês (novembro/2013), sendo debitado automaticamente do FPM, já os
recolhimentos dos contracheques será pago até o final deste mês (R$ 97.749,48);
ficando entendido e aceito pelos servidores e sindicalistas.
Com isso após os debates entre o sindicato e a assessoria
jurídica do RPPS os vereadores justificavam e votavam o projeto, sendo aceito
por unanimidade o parcelamento de acordo com as emendas modificativas,
explicadas acima.
A seção ocorrida nesta sexta-feira (18) foi a segunda mais
extensa do ano e a primeira transmitida ao vivo pela rádio cidade, neste caso,
o blog assim como o Cidade News (que vai ao AR pela Rádio Cidade, de segunda a
sexta-feira, a partir das 6h da manhã) trará mais informações sobre os debates e
as falas dos vereadores, quanto a aprovação do projeto, em matérias futuras.
É só ficar plugado no nosso blog que novas informações virão
sobre essa reunião.
Arlindo Maia da Redação do Cidade News
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